Tempos melhores chegando! A ampliação do auxílio para R$ 600 e a criação de novas oportunidades de trabalho fizeram o Brasil registrar o menor nível de desigualdade de renda entre ricos e pobres.
Apesar de estar longe do ideal, o marco é importante porque é o menor nível registrado desde 2012, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“Muitas pessoas voltaram para o mercado de trabalho, os muito pobres estão recebendo um auxílio que se compara ao auxílio emergencial em valor, e o 1% mais rico teve uma pequena redução no rendimento”, disse Alessandra Brito, analista do IBGE.
Mais igualdade!
Uma ação puxa a outra e movimenta o mercado.
“Essa redução da desigualdade é reflexo de um mercado de trabalho menos desigual. Além disso, teve o pagamento do programa do Auxílio Brasil, em substituição ao programa Bolsa Família, com valor de R$ 600. Tudo isso contribuiu”
De acordo com o índice de Gini, que mede a disparidade entre os extremos da população, a desigualdade apresentou uma queda notável, refletindo um avanço em direção à igualdade. Viva!
Em 2022, o índice de Gini do rendimento domiciliar per capita (por pessoa) atingiu o valor de 0,518, o menor registrado em 11 anos, em contraste com o índice de 0,544 registrado em 2021.
No entanto, embora haja espaço para melhorias, essa queda é um passo significativo na direção de uma distribuição de renda mais equitativa no Brasil.
No último ano, o rendimento domiciliar per capita da metade mais pobre da população aumentou em 18%, alcançando o valor de R$ 537 mensais.
Por outro lado, os ganhos médios dos 1% mais ricos do Brasil foram de R$ 17.447.
Diferenças de renda
Embora ainda haja uma diferença considerável, é encorajador ver que o valor no topo da distribuição apresentou uma pequena diminuição de 0,3% em relação a 2021 (R$ 17.494), evidenciando uma aproximação entre os extremos.
Essa redução na desigualdade reflete os esforços e políticas implementadas para promover uma distribuição mais justa da renda no país.
Diminuir a desigualdade no Brasil é uma tarefa para ontem!
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Mudanças no país
É positivo ver que a disparidade entre os 1% mais ricos e a metade mais pobre da população alcançou o menor nível registrado na série histórica, marcando um avanço na direção de uma sociedade mais equânime e inclusiva.
“A queda brusca dessa razão para o menor patamar da série histórica reflete um pouco tudo que observamos [no país]”, afirmou Alessandra Brito, analista da pesquisa do IBGE.
Alessandra considerou que o recebimento dos auxílios emergenciais no ano passado foram um grande motivo para que a desigualdade fosse diminuída.