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Arquitetos brasileiros ganham Leão de Ouro com projeto pelas minorias na Bienal de Veneza

Renata Dias
21 / 05 / 2023 às 12 : 13
Os brasileiros fizeram história e ganharam o Leão de Ouro por um projeto importante, que beneficia pretos e indígenas. - Foto: reprodução CAU/SP
Os brasileiros fizeram história e ganharam o Leão de Ouro por um projeto importante, que beneficia pretos e indígenas. - Foto: reprodução CAU/SP

Os arquitetos brasileiros Gabriela Matos e Paulo Tavares ganharam o Leão de Ouro de Melhor Participação Nacional na 18.ª Bienal de Arquitetura de Veneza, na Itália. Eles venceram com o projeto Terra. Nele, trabalharam o empoderamento dos indígenas e pretos pela conscientização e reparação histórica.

Gabriela e Paulo aproveitaram a ocasião para destacar a relevância de valorização dos povos originários e a força que carregam. A escolha da dupla brasileira foi feita por um júri internacional.

“Muito obrigada, povos indígenas”, disse a arquiteta Gabriela Matos, ao agradecer o prêmio, pela primeira vez entregue ao Brasil. Paulo Tavares acrescentou: “Trata-se de reparação, restituição, reconstrução”.

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A premiação

A entrega do prêmio foi neste sábado (20/05), no Palácio Ca’ Giustinian, onde foi realizada a Bienal de Veneza cujo tema deste ano foi “O Laboratório do Futuro”.

O Leão de Ouro foi entregue pelo ministro da Cultura da Itália, Gennaro Sangiuliano, e pelo presidente da Bienal, Roberto Cicutto.

Para o júri, o prêmio dado ao Brasil “por uma exposição de pesquisa e intervenção arquitetônica que centraliza as filosofias e imaginários da população indígena e negra na procura de modos de reparação”.

O júri internacional da exposição é formado por Ippolito Pestellini Laparelli (presidente, Itália), Nora Akawi (Palestina), Thelma Dourado (EUA), Tau Tavengwa (Zimbabué) e Izabela Wieczorek (Polônia).

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Fortes emoções

O arquiteto Paulo Tavares fez um discurso emocionado.

“Trata-se de reconhecer outras formas de conhecimento, outras formas de arquitetura que, como dizemos no pavilhão, se tornaram centrais para enfrentar a crise climática global e podem-nos ensinar outra forma de relação com a terra”, disse.

A 18.ª edição da Bienal de Arquitetura de Veneza reuniu pavilhões de 64 países, 89 arquitetos e escritórios de arquitetura. A bienal vai até 26 de novembro.

Gabriela Matos, a ministra Margareth Menezes e Paulo Tavares - Foto: divulgação
Gabriela Matos, a ministra Margareth Menezes e Paulo Tavares – Foto: divulgação

Informações confirmadas pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo (CAU/SP).

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