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Boates e bares do ES usam códigos para ajudar mulheres que sofrem assédio
26 de maio de 2023
- Vitor Guerras
Contra assédio, boates e bares do Espírito Santo tem usado códigos secretos para mulheres denunciarem violência de gênero. Foto: Reprodução/Freepik.
Contra assédio, boates e bares do Espírito Santo tem usado códigos secretos para mulheres denunciarem violência de gênero. Foto: Reprodução/Freepik.

Não é não! Pensando na segurança delas, boates e bares do Espírito Santo têm uma nova estratégia: criaram códigos para ajudar mulheres que sofrem assédio, abuso e agressão.

Os códigos variam de acordo com os locais, mas no geral há uma senha que é rapidamente compreendida pelos funcionários que tomam providências. Os sinais são diversos, alguns usam item do cardápio, sinais com as mãos ou até mesmo uma frase.

A ação é mais uma iniciativa para que as vítimas de importunação sexual e violência de gênero se sintam em ambientes mais seguros. E para evitar que os agressores desconfiem das denúncias, os bares e boates colocaram os códigos secretos em espaços em que apenas as mulheres têm acesso.

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Como funciona?

Os códigos podem variar de estabelecimento para estabelecimento, mas o protocolo costuma ser o mesmo.

A vítima utiliza a senha e a equipe do local fica ciente que ela pode estar sendo vítima de assédio ou violência de gênero.

A partir daí o agressor é retirado do local e a mulher é acompanhada até o carro ou até o transporte de aplicativo chegar.

Durante todo esse momento, a vítima recebe apoio da equipe do bar ou boate. Essas estratégias estão de acordo com a Lei Estadual (11.406/2021) que obriga estabelecimentos a auxiliarem as vítimas.

Campanha se espalha

A estratégia tem dado certo. Donos de empreendimentos afirmam que depois da campanha, muitas mulheres disseram que estão mais seguras nos bares e boates.

É o caso do forró Mar e Terra, localizado no bairro de Santo Antônio. Lá, a produção da casa colou diversos cartazes que indicam que o assédio no local não será permitido.

“Não é não, se preciso chame a produção”, dizia um dos cartazes espalhados.

O coletivo O Segundo Forró, que luta por mais respeito para mulheres em espaços de dança, ajudou na campanha das peças.

“Quando colocamos essa esses cartazes, eu percebi como as mulheres passaram a se sentir mais confortáveis”, contou Alexandre Di Paulo, um dos produtores do forró.

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Veja alguns locais no Espírito Santo que já estão participando da campanha:

  • Bar do Urso

Localizado em um dos bairros mais famosos de Vitória, o Jardim Camburi reúne cartazes espalhados informando como as mulheres podem pedir socorro.

  • Casa de Bamba

É outro espaço que luta pelo respeito às mulheres. Localizada no Centro de Vitória, região boêmia da capital, a Casa também é tomada por cartazes contra o assédio.

  • Point Music Bar

O famoso karaokê em Vila Velha já tem um protocolo contra assédio e importunação sexual. A vítima deve procurar a produção e toda a equipe da casa já é instruída em como lidar nesses casos.

  • Fluente e Bolt

As queridinhas Fluente e Bolt já deram o recado nas redes sociais: não aceitaram atitudes machistas, racistas, homofóbicas, transfóbicas ou qualquer tipo de preconceito e assédio.

No Forró Mar e Terra, cartazes foram espalhados informando que o assédio não será permitido no local. Foto: Reprodução/Alexandre Di Paulo (Forró Terra e Mar).
No Forró Mar e Terra, cartazes foram espalhados informando que o assédio não será permitido no local. Foto: Reprodução/Alexandre Di Paulo (Forró Terra e Mar).

Com informações de A Gazeta.

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