O novo Canecão, a famosa casa de espetáculos do Rio de Janeiro, deve ser reaberto em 2025. Isso mesmo! O local, que teve seu auge entre as décadas de 1980 e 1990, foi palco de shows memoráveis e da arrancada da MPB com Chico Buarque, Tom Jobim, Nara Leão e tantos outros. O local será totalmente repaginado. (foto abaixo)
O consórcio Bonus-Klefer venceu o leilão com lance final de R$ 4,350 milhões. A data para assinatura do contrato não está definida porque ainda cabe recurso do resultado, mas o empresário Luiz Oscar Niemeyer, proprietário da Bonus Track, está confiante na reabertura.
“A intenção é fazer um espaço multiuso, em que possam ser realizados grandes espetáculos, como peças teatrais convencionais, musicais e shows”, adiantou o empresário.
Investimento alto
O investimento do consórcio será de R$ 184,3 milhões. A concessão, válida por 30 anos, prevê também outros investimentos no novo Canecão.
A área total com intervenções tem 15 mil metros quadrados entre as imediações do Rio Sul (onde ficava o antigo Canecão) e o novo espaço multiuso (próximo ao campo de futebol).
Segundo Niemeyer, a intenção é que esse espaço vire uma nova área pública de lazer. O painel original de Ziraldo na fachada do antigo Canecão também será recuperado pela Escola de Belas Artes da UFRJ. Também estão previstas a construção de novas salas de aula e refeitório.
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Um local de memórias
Fechado desde 2010, o Canecão hoje está em ruínas, apesar de guardar memórias da cultura nacional.
Inaugurado, inicialmente como cervejaria, em 1967, o espaço se transformou em referência em casas de espetáculo.
O local foi palco da estreia do espetáculo de Maysa, dirigido por Bibi Ferreira, durante dois anos.
Também foi ali que houve apresentações de Chico Buarque, Vinícius de Moraes, Tom Jobim, Elis Regina e Clara Nunes.
Em 1985, o então desconhecido Elymar Santos vendeu o apartamento dele, o carro e fez uma vaquinha entre amigos para conseguir alugar a casa para seu show de estreia. E virou sucesso nacional depois disso.
Parte da memória do Canecão, porém, está resguardada.
Antes de morrer, o empresário Mário Priolli, fundador da casa, doou ao Instituto Ricardo Cravo Albin todo o acervo que guardava.
Nos últimos anos, infelizmente, o Canecão virou uma das várias ruínas da cidade do Rio de Janeiro, mas agora a promessa é de vida nova. Viva!
Com informações do riomemorias