Uma pílula multivitamínica diária conseguiu retardar a perda de memória em pessoas 60+. Em três anos de uso do suplemento, houve 60% de desaceleração do declínio cognitivo, o equivalente a um ganho aproximado de quase 2 anos da capacidade mental normal.

A pesquisa foi feita por cientistas da Columbia University e do Brigham and Women’s Hospital em Harvard, dos Estados Unidos, e envolveu mais de 3.500 adultos com mais de 60 anos.

“Nosso estudo sugere que a suplementação com multivitaminas pode ser uma maneira simples e barata para os idosos retardarem a perda de memória”, disse o pesquisador Lok-Kin Yeung, da Columbia University, um dos autores do estudo, publicado no jornal científico Science Daily.

Resultados preliminares

As avaliações foram feitas para examinar a função de memória do hipocampo, uma área do cérebro que normalmente é afetada pelo envelhecimento.

No final do primeiro ano, a memória melhorou para as pessoas que tomavam um multivitamínico diário, em comparação com aquelas que tomavam um placebo – e os benefícios foram mantidos ao longo do período de três anos.

“O cérebro envelhecido pode ser mais sensível à nutrição do que pensávamos”, disse o Lok-Kin Yeung, da Columbia University.

Para o cientista, uma vez concluída a pesquisa, o uso do suplemento poderá resolver boa parte dos problemas que afeta as pessoas acima dos 60 anos.

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Doenças cardíacas

De acordo com o estudo, os efeitos são intensos em pacientes que têm algum tipo de doença de cardíaca, segundo o artigo publicado.

A suspeita é que essas pessoas com doenças cardiovasculares podem ter níveis mais baixos de micronutrientes que os multivitamínicos atuam.

“O envelhecimento cognitivo é uma das principais preocupações de saúde dos idosos, e este estudo sugere que pode haver uma maneira simples e barata de ajudar os idosos a retardar o declínio da memória”, diz Adam M. Brickman, professor de neuropsicologia na Columbia. Faculdade de Médicos e Cirurgiões da Universidade Vagelos.

Estudo mostra que a pílula conseguiu, retardar a perda da memória em 60%, durante 3 anos de uso – Foto: reprodução / oimparcial