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Pesquisa descobre evolução do cérebro e mostra que humanos têm que aprender com bichos
2 de agosto de 2023
- Renata Dias
A pesquisa sobre a evolução do cérebro foi feita na Universidade Macquarie (Austrália) e mostrou que o ser humano tem muito o que aprender com os animais - Foto: StockSnap / Pixabay
A pesquisa sobre a evolução do cérebro foi feita na Universidade Macquarie (Austrália) e mostrou que o ser humano tem muito o que aprender com os animais - Foto: StockSnap / Pixabay

Cientistas identificaram cinco grandes mudanças na evolução do cérebro e sua capacidade computacional, que permitiram chegar à vida inteligente que conhecemos hoje. Sim, o cérebro continua evoluindo.

E, observando os animais, os pesquisadores descobriram que os humanos têm muito o que aprender com os bichos.

A pesquisa na Universidade Macquarie (Austrália), coordenada por Andrew Barron, observou o equivalente a 1 bilhão de anos de evolução por meio da chamada capacidade computacional do cérebro.

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Amimais têm cerebro inteligente

Os cientistas concluíram que esta evolução passou por mudanças no sistema nervoso dos primeiros organismos, depois, a formação de um sistema (nervoso) centralizado, de um cérebro que se retroalimenta seguido de múltiplos sistemas e a capacidade de reflexão.

Andrew Barron, que coordenou a pesquisa, lembra que todos os animais têm cérebros funcionais e, portanto, inteligentes.

Segundo ele, uma abelha, por exemplo, é capaz de ações que um humano nem pode imaginar.

“[A abelha] pode aprender a navegar por quilômetros em torno de sua colmeia. Eu ainda me perco voltando de trem para casa”, brincou o cientista.

De acordo com o cientista, é importante aprender com os animais.

“Uma água-viva ou um verme podem não ser Einstein, mas eles podem tolerar um nível de dano que mataria ou paralisaria um mamífero. Diferentes tipos de cérebro adaptam os animais a estilos de vida diferentes.”

Para Andrew Barron, os humanos têm muito a aprender com os animais. “Podemos aprender com eles enquanto tentamos criar novos tipos de inteligência para máquinas autônomas e inteligências artificiais.”

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Como foi a evolução

Para coordenar as ações dos primeiros organismos, foram analisadas as águas-vivas que têm redes neurais difusas, ótimas para coordenar um corpo e podem sobreviver a danos massivos. Mas essas redes não são boas para reunir informações.

O segundo passo consistiu no desenvolvimento de um sistema nervoso centralizado, com um cérebro capaz de atuar como um coordenador mestre e combinar informações de diferentes sentidos. Foram observados vermes, sanguessugas e tardígrados estão nesta categoria.

O terceiro verificou um cérebro com recorrência, ou retroalimentação (feedback). Foram analisadas as abelhas que podem aprender rapidamente diferentes tipos de arte, reconhecer conceitos abstratos e navegar usando cérebros que incorporam uma retroalimentação rápida sobre suas ações.

O quarto passo evolutivo formou um cérebro com múltiplos sistemas recorrentes, realimentando informações com e entre cada sistema.

Neste quarto passo, foram observados pássaros, ratos, macacos e cães que fazem um processamento paralelo massivo de informações, usando a mesma informação de várias maneiras diferentes ao mesmo tempo, e reconheçam as relações entre diferentes tipos de informações.

Cérebros podem modificar a própria estrutura

A pesquisa observou também o que foi denominado de reflexão. É a reflexão, no sentido da chamada plasticidade cerebral.

Os cérebros podem modificar a própria estrutura computacional de acordo com o que é necessário.

Um cérebro reflexivo pode aprender o melhor fluxo de informações para uma tarefa específica e modificar a forma como processa as informações em tempo real para concluir essa tarefa da maneira mais rápida e eficiente.

O cérebro humano é reflexivo, viabilizando nossa imaginação, nossos processos de pensamento e nossa rica vida mental.

Foi aí que se abriu o espaço para o uso da linguagem simbólica, ajudando na comunicação e na coordenação e na compreensão de uns com os outros.

Os cinco passos para a vida inteligente

De acordo com os pesquisadores da Austrália, os cinco passos para a vida inteligente se sustentam em:

  • Alterações no sistema nervoso dos primeiros organismos
  • Formação de um sistema (nervoso) centralizado
  • Desenvolvimento de um cérebro que se retroalimenta
  • Evolução para os múltiplos sistemas orgânicos associados ao cérebro
  • Aperfeiçoamento da capacidade de reflexão
A evolução do cérebro continua até hoje em humanos e animais - Foto: Michelle Raponi por Pixabay
A evolução do cérebro continua até hoje em humanos e animais – Foto: Michelle Raponi por Pixabay

Com informação do Diário da Saúde

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