Uma decisão histórica! A partir de agora, a doação de sangue está mais inclusiva e não limita mais homens gays e bissexuais. O anúncio foi feito pela Cruz Vermelha Americana nesta segunda-feira, 07.
Em nota, a instituição considera que a medida é um avanço significativo e e reafirmou o compromisso em estabelecer um processo inclusivo de doação de sangue e “que trate todos os doadores potenciais com igualdade e respeito, ao mesmo tempo que mantém a segurança do fornecimento de sangue”.
De acordo com informações da agência AFP, essa mudança foi viabilizada pela atualização das diretrizes, divulgada em maio, pela Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA). O propósito dessa atualização é ampliar o grupo de pessoas elegíveis para a doação de sangue.
Como vai funcionar?
A partir de agora, as perguntas eletivas para doação de sangue serão as mesmas para todos.
Todos os doadores serão questionados se tiveram novos ou múltiplos parceiros sexuais nos últimos três meses.
Caso a resposta seja afirmativa, será questionado se houve a prática de sexo anal durante esse período. O questionamento é feito por motivos de prevenção.
O ânus possui um revestimento que se danifica com facilidade, o que o torna mais vulnerável às infecções.
Caso a resposta para a segunda pergunta seja positiva, os doadores serão aconselhados a adiar a doação de sangue.
Medida histórica
Tanto instituições que promovem o direito LGBTQIA+ como a imprensa dos Estados Unidos, comemoraram a decisão da Cruz Vermelha e o avanço das medidas para doação de sangue no país.
“A Cruz Vermelha celebra esta medida histórica como um avanço significativo e mantém seu compromisso de conseguir um processo inclusivo de doação de sangue”, disse a organização humanitária em um comunicado.
Andrew Goldstein, é um dos doadores que comemorou a decisão. Homossexual, ele contou que fazia doações regulares até o surgimentos das restrições por parte da FDA.
“Representa muito para mim o fato de eu poder voltar a doar”, disse Andrew, que participou de um estudo clínico em 2021 que abriu caminho para a nova política.
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E no Brasil, como funciona?
Aqui no Brasil também existiam restrições, mas elas foram revogadas em 2020 pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Com a decisão, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) alterou o trecho da resolução que impedia que homens que tiveram relação sexual com outro homem pudessem doar sangue dentro do prazo de 12 meses após a relação sexual.
Com informações do Ministério da Saúde e USA Today.