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Estudante acha crânio de baleia com 34 milhões de anos em fazenda
8 de setembro de 2023
- Vitor Guerras
Scierra Blair, 32, e o noivo Jose Ervin, 31, nasceram em 18 de agosto - e agora deram as boas-vindas a gêmeos recém-nascidos. Família toda faz aniversário no mesmo dia - Foto: Cleveland Clinic
Scierra Blair, 32, e o noivo Jose Ervin, 31, nasceram em 18 de agosto - e agora deram as boas-vindas a gêmeos recém-nascidos. Família toda faz aniversário no mesmo dia - Foto: Cleveland Clinic

Essa estudante de 16 anos jamais poderia imaginar que no seu primeiro dia de escavação acharia um crânio de baleia de 34 milhões de anos. O crânio mede aproximadamente um metro e meio de comprimento.

Lindsey Stallworth escavava acompanhada de seu professor de ciências, Drew Gentry, na propriedade família no Alabama, Estados Unidos. De repente, os dois notaram pequenos fragmentos de ossos na encosta de um barranco.

Seguindo a colina acima, eles ficaram chocados com o que encontraram. “Fiquei lá por dois minutos para aquilo, pensando: ‘O que realmente encontramos?”, disse a adolescente em relação à descoberta.

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Inesperado

Era a primeira experiência em paleontologia da jovem e tudo começou porque no ano passado ela levou fósseis de dentes de tubarões para aula e o professor ficou encantado.

Drew então pediu para visitar a propriedade da família da aluna e juntos os dois começaram as escavações atrás de mais fósseis.

“Fiquei muito, muito animada, mas ao mesmo tempo confusa, era minha primeira vez escavando,” disse a menina, que é aluna do primeiro ano da Escola de Matemática e Ciências do Alabama (ASMS).

A busca por fragmentos de tubarões estava prestes a se transformar em algo incrível.

34 Milhões de anos

Juntos, a estudante e o professor conseguiram desenterrar o crânio de baleia de 34 milhões de anos!

A colina, que escondia o fóssil, deu um baita trabalho para os dois, mas aos poucos eles foram revelando todas as partes.

O primeiro pedaço a vir à tona foi a mandíbula, que demorou vários dias para ser totalmente escavada.

“Encontrar um que seja tão completo é muito raro na verdade”, disse Drew, que também coleciona fósseis.

A aluna, de início, não conseguiu acreditar no que estava vendo.

“É realmente difícil compreender algo que tem tantos milhões de anos, mas começou a fazer mais sentido quando começamos a remover a sujeira e vimos como seria o crânio”, disse.

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Nova espécie

Agora, a dupla quer descobrir ainda mais sobre o animal.

“Estamos muito entusiasmados com o fato de termos retirado a maior parte do crânio e de haver mais esqueleto para descobrir, o que poderia nos dar o animal completo”, disse Drew.

Dada a idade do crânio, especialistas disseram que pode se tratar de um animal ainda desconhecido pela ciência.

“Depois que a baleia estiver preparada e os ossos retirados da rocha e remontados, há uma boa chance de que seja uma nova espécie”, disse Jun Ebersole, diretor de coleções do McWane Science Center em Birmingham.

História do Alabama

Há milhões de anos, a maior parte do que hoje é o Alabama, foi coberta por um mar raso.

Criaturas muito grandes nadaram por lá, incluindo uma tartaruga marinha do tamanho de um fusca.

Por isso, a região ficou conhecida por ser um ótimo lugar para encontrar fósseis de criaturas marinhas, mesmo que hoje seja um terreno seco.

Próximos passos

A dupla agora foca em limpar, preservar e estudar o crânio, que está abrigado em um laboratório da Escola de Matemática e Ciências do Alabama.

Lindsey é bolsista em um programa de pesquisa na escola, e pretende continuar trabalhando com a descoberta até o último ano do ensino médio.

“Fiquei realmente muito emocionada, mas, ao mesmo tempo, cheia de entusiasmo para continuar”, explicou a jovem pesquisadora.

Drew é o professor que ajudou Lindsey no processo de escavação. Foto: Reprodução/ASMS.
Drew é o professor que ajudou Lindsey no processo de escavação. Foto: Reprodução/ASMS.
O crânio foi retirado do local e levado para a escola que a menina estuda. Foto: Reprodução/Arquivo pessoal.
O crânio foi retirado do local e levado para a escola que a menina estuda. Foto: Reprodução/Arquivo pessoal.

Com informações do The Washington Post.

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