É destino que fala! A amizade entre dois homens de Curitiba, no Paraná, surgiu da forma mais improvável possível. Eles se conheceram em um hospital da cidade, enquanto estavam esperavam por um transplante renal e saíram de la como “irmãos de rim” e cheios de planos.
Rômulo Messa Cardoso e Cleverson Meias de Souza estavam internados no Hospital Universitário Cajuru, em Curitiba, e viraram muito amigos. Quando souberam que receberiam o transplante do mesmo doador, para eles, o laço aumentou.
“Recebi uma nova chance de viver e, ao mesmo tempo, alguém com quem compartilhar essa jornada de recuperação. Um irmão de rim que logo se tornou um amigo para conversar, dar risadas e fazer planos”, contou Rômulo, de 33 anos, em entrevista ao Só Notícia Boa.
Irmãos de rim
Rômulo e Cleverson deram entrada no hospital em agosto deste ano para o transplante.
Como o órgão viria do mesmo doador, eles tiveram a chance de ficarem juntos e, a partir daí, começaram a compartilhar os sentimentos, a ansiedade e, claro, os projetos para o futuro.
A amizade foi ficando cada vez mais forte e os dois se tornaram até vizinhos!
Cleverson, que é de Foz do Iguaçu, precisou encontrar uma casa na capital paranaense durante os três meses após a cirurgia. No hospital, uma nova surpresa, ele iria morar em um endereço ao lado de Rômulo.
“Ele não poupou esforços para me ajudar e, por meio dessa constante troca de informações e experiências diárias, está se consolidando uma amizade verdadeira que sei que vou carregar para sempre comigo”, disse Cleverson.
No Brasil
Assim como as histórias de Cleverson e Rômulo, o Brasil reúne muitos casos semelhantes.
A Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO) contabiliza cerca de 26 mil transplantes de órgãos, tecidos e medula óssea apenas em 2022.
O procedimento que envolve um transplante é complexo e tem uma equipe multidisciplinar envolvida.
O nefrologista e coordenador do serviço nacional de transplante renal, Alexandre Tortoza Bignelli, disse que a complexidade é necessária para dar a segurança que todos os envolvidos precisam.
“A equipe se envolve para que pacientes deixem a condição de dependência de uma máquina para enfim serem inseridos na sociedade. São médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, psicólogos e tantos outros profissionais que gerenciam a lista, avaliam pacientes, preparam e fazem o acompanhamento.”
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Como me tornar doador?
As histórias mostram que a doação de órgãos faz a diferença na vida de transplantados que criam laços de gratidão para a vida toda.
“Dizer ‘sim’ para a doação de órgãos é respeitar a decisão do ente querido que faleceu e dar uma nova chance para quem aguarda na lista de espera”, defendeu Rômulo.
No Brasil, a doação de órgãos e tecidos segue uma série de protocolos e normativas. Observe:
- É necessário haver autorização familiar;
- Os órgãos do doador vão para pacientes que estão na fila de transplante;
- O processo de doação só ocorre após o diagnóstico de morte encefálica, quando a família é comunicada e perguntada sobre a doação.
É fundamental que você converse com sua família ainda em vida e deixe claro que você é um doador!
Uma única pessoa pode ajudar até dez pacientes que estão na fila. Seja doador e salve vidas!