Alunos do ensino médio deverão receber bolsa de estudos e mais uma poupança para garantir que sigam na escola e concluam o 3º ano com êxito. O programa será divulgado em breve e está em fase de finalização. A ideia é que os alunos não precisem abrir mão dos estudos para trabalhar, como ocorre há anos no país.
O programa de bolsas de estudos e poupança deve ser direcionado principalmente para os estudantes que fazem parte de famílias de baixa renda e que se veem no dilema entre seguir na sala de aula ou ter de trabalhar para ajudar em casa.
A iniciativa foi anunciada pelo ministro da Educação, Camilo Santana, cujos os valores da bolsa de estudos e da poupança ainda não foram divulgados. “A ideia é dar um auxílio que será mensal e uma poupança para que ele possa receber ao final do ensino médio, por ano.”
Evasão
Os dados do Ministério da Educação mostram que 7% dos estudantes do ensino médio abandonam o curso e o foco está em reverter essa prática.
“A ideia é que a gente possa garantir um apoio porque quando um aluno chega no ensino médio, de idade de 14 ou 15 anos, geralmente é aquela fase que, diante da dificuldade da família, ele precisa trabalhar”, afirmou o ministro.
O programa está na fase final e aguarda detalhes orçamentários para ser fechado.
Auxílio e poupança
Com o auxílio, o país pode garantir que a renda chegue na casa de famílias de baixa renda sem que os estudantes deixem as escolas.
“O objetivo da bolsa é ajudar em despesas do dia a dia”, segundo o ministro.
Já a poupança, é uma segurança para o final do ano.
“Ela poderá ser resgatada pelo aluno para projetos individuais dele, como abrir o negócio ou pagar estudos em uma faculdade”, disse.
Em ambos os casos, será exigido uma contrapartidas dos estudantes: frequência escolar e aprovação nas disciplinas.
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Escolas Conectadas
Junto com o anúncio do programa de bolsas para estudantes do ensino médio, foi assinado a Estratégia Nacional de Escolas Conectadas.
A meta é expandir a conexão de internet para todas as 138,4 mil escolas públicas em todo o país até 2026.
No Brasil, aproximadamente 40 mil escolas não têm disponibilidade de tecnologia para acesso à banda larga. Já outras 42 mil, têm acesso à internet, mas em velocidades baixas.
O governo vai usar R$ 6,5 bilhões em recursos com o Novo PAC. Esse dinheiro vai financiar infraestrutura, em convênios com estados e prefeituras.
Também serão distribuídos tablets e computadores.
A medida une a tecnologia para promover a cidadania digital e adaptar a conectividade para melhor o aprendizado nas escolas.
Com informações de Agência Brasil.