Pessoas que já sofreram traumas na cabeça, Acidente Vascular Cerebral (AVC) e outras lesões similares, ganharam uma esperança a mais. Cientistas da Universidade de Oxford, no Reino Unido, conseguiram, pela primeira vez, criar neurônios e imprimir em 3D para implante cerebral. Os testes mostraram efeitos muito positivos!
Foram 10 anos de pesquisa que, segundo estimativa, ajudará aproximadamente 70 milhões de pessoas no mundo, que sofrem de lesões no cérebro por diferentes motivações. A ideia é que os neurônios sintéticos se comuniquem de forma natural com os já existentes no organismo.
Os autores acreditam que, com o aperfeiçoamento dos neurônios em 3D, essa seria uma revolução no tratamento de pacientes que sofreram traumas na cabeça. Essas condições normalmente resultam em dificuldades de cognição, movimento e comunicação. Uma notícia maravilhosa!
Resultados positivos
Os primeiros testes foram realizados em camundongos e publicados na revista científica Nature Comunications. O tecido, criado em 3D, foi implantado no cérebro dos animais e logo se integrou completamente. Essa migração de neurônios foi vista como promissora pelos pesquisadores.
Para o principal autor do estudo, Yongcheng Jin, esse resultado só gera expectativas positivas para a criação de tecidos ainda mais completos.
“Este avanço marca um passo significativo em direção à fabricação de materiais com toda a estrutura e função dos tecidos cerebrais naturais. O trabalho proporcionará uma oportunidade única para explorar o funcionamento do córtex humano e, a longo prazo, oferecerá esperança aos indivíduos que sofrem lesões cerebrais”, afirmou.
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Próximas etapas
Agora, o próximo passo é o refinamento da técnica, deixando os tecidos em 3D com a estrutura ainda mais próximas dos tecidos naturais.
Os cientistas criarão tecidos complexos de córtex cerebral com múltiplas camadas, imitando a arquitetura do cérebro humano de maneira ainda mais realista.
“O desenvolvimento do cérebro humano é um processo delicado e elaborado com uma coreografia complexa. Seria ingênuo pensar que podemos recriar toda a progressão celular em laboratório. No entanto, o nosso projeto de impressão 3D demonstra um progresso substancial”, considerou o líder do trabalho, professor Zoltán Molnár.