Jullie Dutra, a mulher nordestina que se tornou a primeira pessoa a ganhar R$ 1 milhão na TV no quadro ‘Quem quer ser um milionário’, do ‘Domingão com Huck’, da TV Globo, deu um show de educação, empoderamento feminino e resiliência neste domingo, 10.
Além da sabedoria, o que conquistou corações e fez milhares de brasileiros torcerem por ela foi a história dura de vida e a persistência em alcançar seus sonhos.
Quando tinha 5 anos, Jullie perdeu o pai assassinado. A mãe morreu em 2013, após sofrer um AVC. Julie entrou em depressão, mas precisou arrumar força para cuidar da filha de 3 anos, Maria Helena, diagnosticada com Transtorno do Espectro Autista. Isso tudo a obrigou a se reinventar e lutar para ter uma vida melhor.
Educação sempre
Jullie tem 38 anos, nasceu em Limoeiro e foi criada em João Alfredo, também em Pernambuco. Vive hoje em Salvador.
Ela já estudou medicina em Cuba, mas desistiu da carreira porque “não era a minha praia”, contou ao G1.
Aí foi fazer jornalismo: “vendi charutos que trouxe, para pagar os estudos”, lembrou.
Hoje ela vive para cuidar do trabalho, da filha, da avó e da mãe de criação que vivem com ela.
Incentivo da mãe para estudar
A nova milionária é jornalista, tem uma agência de comunicação e estuda para ser diplomata do Itamaraty, o Ministério das Relações Exteriores.
Ela lembra que o grande incentivo para os estudos veio da mãe:
“Quando minha mãe morreu, no leito de morte, ela me disse: ‘Não pare de estudar, com a educação você cria empoderamento, consegue galgar espaço, consegue um milhão, muito mais do que isso”.
E deixou um recado esplêndido em rede nacional neste domingo:
“Dediquem-se a vocês, mulheres, que vocês conquistam e conseguem. Tenho [a palavra] resiliência tatuada no braço. Perdi minha mãe, entrei em depressão, fiquei sem emprego. E comecei com um cliente numa agência de comunicação. Hoje tenho 12 pessoas que trabalham comigo e quero agradecer a eles”, disse Jullie após ganhar o prêmio.
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A vitória de R$ 1 milhão
Jullie acertou 15 perguntas no programa. A última era sobre o número da camisa usada por Pelé na Copa de 1958, quando o Rei do Futebol tinha só 17 anos.
Para acertar, Jullie ligou para a amiga Nerfetite Amanajás, que mora em Belém, no Pará.
E respondeu certo: camisa 10 e faturou o prêmio.
Jullie ficou pasma no palco. Não estava acreditando que a sorte finalmente havia sorrido para ela.
Agora, com o prêmio de R$ 1 milhão, ela quer comprar uma casa para a “mãe do coração”, Carmelita, que hoje ajuda Jullie a criar a filha, Maria Helena.
Veja a aula de educação, empoderamento feminino e resiliência que ela deu no programa:
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Com informações do g1