Aprender a dizer “não” pode beneficiar a saúde mental
Aprender a dizer “não” resolve e evita tantos dissabores nessa vida… e agora uma pesquisa revela que essa atitude, que pode constranger num primeiro momento, pode ajudar na saúde mental. Olha isso!
É preciso dizer “não” para aquele convite que você não quer ir, inclusive daquela reunião indesejada para festas de fim de ano. A pesquisa de Julian Givim, da West Virginia University mostrou que tá tudo bem rejeitar quando não quiser!
“O esgotamento é uma coisa real, especialmente nos feriados, quando somos convidados frequentemente para muitos eventos. Não tenha medo de recusar convites aqui e ali”, afirmou o pesquisador.
Consequências menos graves
Segundo o professor, as consequência do “não” são bem menos graves do que esperamos.
Ele fez cinco experimentos com mais de 2.000 participantes e todos mostraram que há um exagero por parte de quem é convidado ao pensar em reações negativas. Porém, ele ponderou:
“Mas tenha em mente que passar um tempo com outras pessoas é a forma que os relacionamentos se desenvolvem, por isso não recuse todos os convites [selecione]”, disse Julian.
Os dados da pesquisa foram publicados na revista Journal of Personality and Social Psychology.
Experimento com amigos
Um dos experimentos envolveu grupos com dois cenários diferentes.
O primeiro seria convidado para jantar com amigos, já o segundo deveria fazer o convite.
O grupo que seria convidado, foi orientado a recusar o convite porque já tinha planos para o dia e queria passar a noite em casa relaxando.
Enquanto que os que fizeram o convite, foram informados de que o amigo recusou pelo mesmo motivo.
Os pesquisadores descobriram que os participantes que imaginaram recusar o convite, muitas vezes acreditaram que isso teria imediatamente ramificações negativas.
“Descobrimos consistentemente que os convidados superestimam as ramificações negativas que surgem aos olhos dos ‘convidadores’ após a recusa do convite. As pessoas tendem a exagerar até que ponto a pessoa que emitiu o convite se concentra no ato do convidado de recusar o convite, em oposição aos pensamentos que passaram pela sua cabeça antes de recusar”, explicou Julian.
Resultados com casais
Em um outro experimento muito similar, mas desta vez com casais, os resultados foram parecidos.
Os pesquisadores recrutaram 160 pessoas para participar em um tipo de “inquérito de casal”.
Nesse modelo, 74% dos casais estavam juntos há mais de cinco anos. Um integrante do relacionamento teve que fazer um convite, enquanto o outro rejeitou para que os dois pudessem relaxar.
Novamente, a pessoa que rejeitou o convite do parceiro tendia a acreditar que o parceiro ficaria mais chateado ou se sentindo rejeitado.
“Embora tenha havido momentos em que eu me senti um pouco chateado por alguém que recusou um convite, a nossa investigação nos dá boas razões para prever que as pessoas subestimam as ramificações negativas também nos relacionamentos”, explicou o professor.
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Evitar esgotamento
Segundo Julian, recusar aquele convite quando você realmente não estiver com vontade de ir pode ajudar a evitar o esgotamento.
Com isso, a saúde mental será a maior beneficiária. Uma vez que as consequências não são aquelas que você espera, tá tudo bem recusar!
Tem dias que todos queremos descansar e recarregar as energias. Nestes dias, nada melhor do que ficar sozinho e fazer o que a gente mais gosta, né?
Então, não se sinta pressionada(o) a aceitar nada que realmente não queira fazer.
E lembre-se, nada de ficar pensando em reações exageradas por parte do outro. Se aquela pessoa te ama, ela vai entender que você precisa de um tempo só seu.