Olha que reviravolta! Em 1992, a cidade de East Palo Alto era conhecida como “capital do assassinato” e tinha a taxa mais alta de homicídios nos Estados Unidos, mas em 2023, a esse número caiu para zero.

Em um ano o lugar já chegou a ter 42 homicídios para uma população de apenas 24 mil pessoas. Agora, 30 anos depois, ela é considerada a cidade mais segura da Península de São Francisco.

Como isso aconteceu? Com toda a comunidade e o governo se unindo para enfrentar a situação. Organizações sem fins lucrativos, grupos religiosos e autoridades se juntaram para fazer a mudança tão desejada.

Drogas aumentaram a violência

A cidade foi devastada por uma epidemia de crack e disputa de gangues rivais nos anos 1990.

Nessa época, aproximadamente 17% dos habitantes também viviam em situação de pobreza.

O sargento Paul Norris disse que a maioria dos homicídios estava ligado a traficantes de drogas e membros de gangues que lutavam por território.

A pobreza e as oportunidades

Parte desse problema também vinha das dificuldades financeiras da população.

O estado começou a dar atenção à cidade e desenvolver um centro comercial. As empresas tinham que obedecer uma exigência: contratar pessoas da comunidade.

“Ao criar oportunidades para eles trabalharem, isso teve um impacto”, disse Sharifa Wilson, a prefeita da cidade durante esses anos conturbados.

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Ação contra as drogas

Uma estratégia inovadora surgiu a partir de uma organização de vigilância comunitária chamada “Just Us”.

Eles patrulhavam as esquinas, anotando as placas de qualquer carro envolvido na compra de drogas.

A polícia, em seguida, localizava o proprietário do veículo e enviava uma carta com linguagem impactante, alertando sobre o registro do carro em uma área de alta criminalidade.

“Transformamos em algo positivo”

Agora, depois de 30 anos com o triste rótulo de capital do assassinato, a cidade encerrou um ano inteiro sem um único homicídio.

“O fato de termos sido rotulados como capital dos homicídios nos deu a atenção que precisávamos, e então pegamos essa atenção e a transformamos em algo positivo”, disse a prefeita.

“Se você nos der limões, faremos limonada”, completou.

Exemplo para ser copiado em qualquer parte do mundo.

A comunidade, ONGs , grupos religiosos e autoridades se uniram para fazer mudar a realidade da cidade. – Foto: reprodução/Jeff Liu

Com informações de Los Angeles Times.