A educação é o bem mais precioso que temos e um colégio do Ceará mostrou isso. Dos 164 alunos inscritos pela escola no Enem, 129 tiraram 900 ou mais na redação. Quer mais?
O número representa 78% da quantidade total de estudantes do 3° ano que fizeram o Enem pela Escola de Educação Profissional Marta Maria Giffoni de Sousa, em Acaraú, litoral do Ceará.
Segundo integrantes da escola, as ótimas notas foram construídas em coletivo durante todo o ano. Entre as ações estão o estímulo à leitura, laboratórios de redação e as aulas dinâmicas.
Desempenho espetacular
E o Ceará, mais uma vez, mostrou porque tem a melhor educação do país.
Na redação do Enem 2023, os alunos da Marta Giffoni tiveram um desempenho incrível.
15 deles chegaram muito perto da nota máxima e conseguiram 980 pontos.
Veja abaixo as notas dos alunos!
- 15 alunos – 980 pontos
- 33 alunos – 960 pontos
- 39 alunos – 940 pontos
- 30 alunos – 920 pontos
- 12 alunos – 900 pontos
- 27 alunos – entre 800 e 899 pontos
- 8 alunos – abaixo de 800 pontos
Escola técnica
A EEEP Marta Giffoni foi entregue em 2011 pelo Governo do Estado.
Desde então, a escola tem ensino médio integral conectado à educação profissionalizante. Na unidade, são 4 cursos técnicos: Administração, Massoterapia, Eletromecânica e Aquicultura.
O objetivo inicial era ter 100% dos alunos do 3° ano inscritos na prova, mas um jovem faleceu no decorrer do ano letivo, e outro, por decisão própria, optou por não fazer a prova.
Meta é chegar à nota mil
Para a coordenadora pedagógica, Rosilane Costa, as notas demonstram que não falta capacidade dos alunos da rede pública para conseguir a “nota máxima”.
“A nota mil não veio agora, mas pelo nosso trabalho, a expectativa é que virá em breve”, disse.
Ao longo do anos, os alunos contaram com um laboratório de redação, que englobou os alunos do 1° ano.
Além disso, eram estimulados à leitura com oficinas de redação e usavam plataformas para treinamento para a prova.
A integração da base comum com a base técnica, misturando redação com as disciplinas gerais, também fez toda a diferença.
Democratização dos resultados
De acordo com Rosilane, o EEEP é um colégio plural e abriga alunos de todas as classes sociais.
“Tem estudantes que são filhos de médicos, como também tem estudantes filhos de agricultores. E antes, esse acesso ao conhecimento não era voltada para equidade, mas, entendemos que a escola como tem essa função social transformadora, ela precisa gerar oportunidade para que todos aprendam na mesma proporção”.
A construção ótimas notas foi um processo imersivo.
“Há uma imersão em redação ao longo do ano letivo e vai construindo todas as competências. Um mês para cada competência e com isso vamos consolidando as habilidades”, explicou a pedagoga.
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Alunos comemoram
E os alunos, agora com ótimas notas, estão prontos para agarrar vagas nas universidades federais de todo o país.
Sobre o tema, o estudante Jancarlos Wendell do Nascimento, de 18 anos, conta como foi:
“Quando fiz o meu texto, a estruturação, quando passei a limpo, vi que o tema não era complicado. O tema já vinha com o problema explícito. Achei mais difícil porque tinham muitas minúcias. Fiquei com receio de abordar só uma parte do problema”, comentou.
Mas com reflexão, e todas as aulas que teve ao longo do ano, ele conseguiu uma boa nota.
“Fiquei refletindo sobre o tema e é um tema que está no dia a dia. Interagimos todos os dias com esse tema, mas a gente não percebe. É um tema de redação para a gente se tocar do que está vivendo”, explicou.
Com informações de Diário do Nordeste.