Duas irmãs gêmeas que foram roubadas, depois de 22 anos reencontram a mãe biológica. Parece roteiro de filme, mas essa é a história real de Amy Khvitia e Ano Sartania, que foram separadas e vendidas quando ainda eram bebês.
A verdade veio à tona graças a um programa de talentos na TV e um vídeo no TikTok, quando perceberam pela tela grande semelhança entre as duas. Elas então tentaram contato uma com a outra e iniciaram uma investigação que levou ao reencontro.
Agora com 20 anos, as gêmeas também receberam o abraço emocionante que tanto ansiavam da mãe biológica. Em imagens emocionantes desse momento, elas caem nos braços da mãe. Ela chega a soluçar, enquanto o trio se abraçava pela primeira vez desde que as jovens nasceram.
Desconfiança
Tudo começou quando Amy, aos 12 anos, viu uma garota muito parecida com ela dançando em um programa de talentos na Geórgia.
As pessoas ligavam para sua mãe, questionando por que ela estava na televisão com outro nome. Sua mãe não-biológica desconversava e dizia que todos tinham uma sósia.
Mas Amy não se convenceu e anos depois, aos 19 anos, encontrou um vídeo de Amy fazendo um piercing na sobrancelha no TikTok.
Ela tentou entrar em contato, mas foi sem sucesso.
“Estou procurando por você”
Ano pediu ajuda em um grupo de WhatsApp da faculdade e alguém que conhecia Amy conseguiu conectar as duas.
Amy escreveu uma mensagem para a irmã: “Estou procurando por você há tanto tempo!”. E Ano respondeu: “Eu também”.
Elas logo descobriram várias semelhanças, desde a aparência física até gostos musicais e até mesmo um distúrbio ósseo chamado displasia.
As datas não batiam
Acontece que as certidões de nascimento delas não batiam.
As datas eram diferentes, o que gerou ainda mais dúvidas sobre sua relação de parentesco.
Mas quando se encontraram pessoalmente, a semelhança era incrível. Era como se estivessem se olhando no espelho.
Foi nesse momento que elas perceberam: eram irmãs gêmeas!
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Não sabiam que era ilegal
As duas decidiram conversar com suas famílias adotivas, que contaram como aconteceu o processo de “adoção”.
As mães de Amy e Ano não podiam ter filhos, então amigos falaram que havia bebês indesejados no hospital local.
Se pagassem aos médicos, dava pra adotar um desses bebês e levá-los pra casa. Assim, elas foram separadas e vendidas com algumas semanas de diferença em 2002, sem o conhecimento da família biológica.
Nenhuma das famílias sabia da existência de uma gêmea e alegaram não saber que a prática era ilegal.
Tentaram contato com um grupo do Facebook
As gêmeas decidiram procurar por familiares perdidos em um grupo de Facebook
Lá, encontraram uma jovem achando que poderiam ser parentes, já que a própria mãe deu à luz gêmeos no mesmo hospital que elas nasceram.
Um teste de DNA confirmou que eram irmãs e filhas de Aza, moradora da Alemanha.
Mentiram para a mãe biológica no hospital
As emoções transbordaram quando as gêmeas se encontraram com sua mãe biológica em um hotel alemão, buscando entender o motivo da separação em 2002.
A mãe explicou que entrou em coma após o parto, e ao acordar, foi informada de que suas filhas não sobreviveram.
Estima-se que dezenas de bebês foram roubados dos pais biológicos nesse esquema cruel que durou de 1970 a 2006.
As autoridades da Geórgia iniciaram uma investigação sobre o tráfico de crianças no país e tentam descobrir mais detalhes sobre esses casos.
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Com informações de Hindustamtimes