Escrever à mão faz bem para o cérebro. Enquanto o mundo se rende cada vez mais às telas e teclados, estudos revelam que, com a caligrafia, o cérebro tem um aumento significativo de conexões cerebrais, o oposto do que acontece durante a digitação.
Os resultados, publicados na revista Frontiers in Psychology, mostraram que dessa forma os alunos aprendem mais, além de melhorar a precisão ortográfica e a memória.
Os pesquisadores acreditam que isso acontece porque a formação cuidadosa das letras é mais estimulante para o cérebro do que simplesmente apertar teclas repetidamente com o mesmo dedo.
Movimento das mãos
As descobertas mostram que quando escrevemos com uma caneta, os movimentos das mãos deixam o cérebro mais ativo.
Além disso, não tem a correção automática que as telas oferecem.
E segundo os pesquisadores, não importa se a escrita é no papel ou em uma tela sensível ao toque com caneta digital, como feito no experimento.
Isso porque o foco mesmo está nos movimentos cuidadosos das mãos e na ativação sensorial.
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Com telas a aprendizagem é mais difícil
Esse seria o motivo por que crianças que aprendem a escrever em tablets podem ter dificuldades com letras espelhadas, como ‘b’ e ‘d’.
“Eles literalmente não sentiram com seus corpos como é produzir essas letras”, disse Van der Meer, pesquisadora do cérebro na Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia e coautora do estudo publicado
Escrever mais nas aulas
A equipe compartilhou a preocupação de como o uso de canetas e papel está se tornando cada vez mais raro nas salas de aula.
“Há algumas evidências de que os alunos aprendem mais e se lembram melhor quando tomam notas de aula manuscritas”, disse Van der Meer.
Dar aos alunos mais oportunidades de escrever à mão durante as aulas é o mais adequado.
O estudo
O estudo envolveu 36 estudantes universitários, que escreveram e digitaram palavras exibidas em uma tela várias e várias vezes.
Eles usaram uma caneta digital diretamente na tela sensível ao toque para fazer as letras cursivas.
Enquanto isso, estavam sendo monitorados por 256 sensores em uma rede colocados sobre a cabeça para medir a atividade do cérebro.
Com informações de Good News Network.