Os doguinhos não são chamados de nossos melhores amigos à toa! Um estudo recente mostrou que cães podem farejar o cheiro característico do Parkinson com mais de 90% de precisão.

A pesquisa faz parte do projeto PAD’s for Parkinson’s que treinou 23 cães de diferentes raças, idades e origens, ensinando-os a distinguir amostras de odor de pacientes com Parkinson e de pessoas sem a doença.

Para fazer isso, eles usaram camisetas usadas pelos pacientes enquanto dormiam, ou passaram cotonetes nas costas, ou pescoço dos voluntários. Isso porque cientistas descobriram que há certas substâncias exclusivas somente no suor desses pacientes.

Treinamento de até 8 meses

Em média, os pets foram capazes de identificar a condição com uma taxa de sucesso de 86%, ignorando amostras de participantes sem a doença em 89% das vezes.

Outros dez cães conseguiram sensibilidades superiores a 90%.

O treinamento dos cachorros durou de seis a oito meses, com sessões de três a quatro dias por semana.

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Olfato que salva vidas

Cachorros têm um olfato 10 mil vezes mais sensível do que o dos humanos, e essa habilidade canina tem sido muito útil na medicina.

Outros estudos já mostraram a capacidade desses pets em detectar vários tipos de cânceres, e outras doenças como a covid-19 e malária. Simplesmente fascinante!

Esperança de diagnóstico precoce

Essa descoberta é promissora para o diagnóstico precoce e tratamento mais eficaz do Parkinson, uma vez que ainda não existe um teste definitivo para a doença.

Mas os cientistas ainda não compreenderam completamente quais compostos ou misturas de compostos estão associados à detecção da doença pelos cães, por isso, a pesquisa ainda precisa ser revisada por pares, ou seja, deve passar por validação por outros pesquisadores.

No entanto, já existem muitos trabalhos que apontam para resultados semelhantes.

Como não existe exame que detecta Parkinson, a habilidade dos doguinhos pode ajudar a evitar falsos diagnósticos. – reprodução/Getty Images