Depois do trágico atentado na escola Covenant, de Nashville, nos Estados Unidos, mais de 40 cães foram adotados pelas famílias e estão ajudando na terapia das crianças que presenciaram a barbaridade de março de 2023.
Os bichinhos oferecem carinho, companhia, ajudam a diminuir o estresse pós-traumático e aumentam a sensação de segurança. Fora as brincadeiras com os cães, que alegram os pequenos.
E a ciência comprova todos esses benefícios. Mesmo que a interação seja breve, ter cães e outros animais por perto pode reduzir o cortisol, o hormônio do estresse do corpo.
O atentado
No dia 27 de março do ano passado, Audrey Hale, de 28 anos, um ex-aluno da escola entrou no colégio atirando.
Em 11 minutos, três crianças (Evelyn Dieckhaus, Hallie Scruggs e William Kinney) e três funcionários (Cynthia Peak, Katherine Koonce e Michael Hill) foram mortos a tiros.
O ataque terminou com policiais matando Hale, quatro minutos depois de chegarem à escola.
Os cães estavam na escola no atentado
No dia do tiroteio em Covenant, a escola já tinha cães presentes para ajudar.
Covey, o cachorro do diretor, estava em um quartel de bombeiros próximo, de onde dezenas de funcionários e alunos foram retirados.
Squid, uma mistura de retriever, estava no hospital infantil do Centro Médico da Universidade Vanderbilt e ajudava a confortar a equipe.
Quando os alunos que sobreviveram foram colocados em um ônibus escolar, o sargento Bo, um cão policial, estava sentado ao lado deles.
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Apoio emocional
Quando os alunos retornaram às aulas, os cachorros continuaram presentes na escola. Era um motivo de alegria em meio ao luto.
Os animais viraram um apoio emocional essencial para as crianças, e permitiram que elas expressassem emoções e se sentissem seguras.
Quando havia lembretes dolorosos – uma garrafa de água caindo no chão, uma perturbadora lição de história sobre a guerra ou a ausência de um amigo – uma criança poderia escapar e abraçar um cachorro.
“Não esperava todos os outros benefícios”
April Manning, mãe de duas crianças que sobreviveram ao tiroteio, contou ao The New York Times que se surpreendeu com todos os benefícios que ter um cãozinho trouxe para a saúde mental das crianças.
“Eu realmente só esperava que eles ajudassem de uma forma carinhosa, como apenas para aconchegar as crianças quando elas estão chateadas”, disse Manning. “Mas eu realmente não esperava todos os outros benefícios deles.”
Cura após o trauma
Algumas famílias optaram por adotar outros animais de estimação, como coelhos e tartarugas, que também fizeram muito bem para as crianças.
Para muitos, a presença dos animais se tornou um elemento fundamental no processo de cura após o trauma do tiroteio.
Um exemplo é Rachel Bolton. Ela, que afirmava gostar de cachorros, mas não em sua casa, logo concordou em acolher Hudson, um cachorrinho Goldendoodle.
“Todos os meus amigos brincam e dizem: ‘Não acredito que você adora cachorros agora’”, disse. Mas este cachorro, acrescentou ela, “curou esta família”.
Com informações do The New York Times.