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Exoesqueleto criado no Brasil vai prevenir a fadiga muscular em trabalhadores
27 de abril de 2024
- Karen Belém
O exoesqueleto pode prevenir lesões e facilitar movimentos repetitivos, o que também evita a fadiga muscular. - Foto: Comunicação do Labtel Ufes
O exoesqueleto pode prevenir lesões e facilitar movimentos repetitivos, o que também evita a fadiga muscular. - Foto: Comunicação do Labtel Ufes

Sabe aquela fadiga muscular comum após um dia puxado de trabalho? Ela será prevenida com o uso de um exoesqueleto, que está sendo criado aqui no Brasil por pesquisadores brasileiros do Laboratório de Telecomunicações (Labtel) da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).

O aparelho oferece mais mobilidade, previne de lesões e também evita movimentos repetitivos. O paciente vai poder vesti-lo como uma armadura, o que fornecerá apoio e força.

A ideia é que a ferramenta seja um suporte para medir o grau de força que o usuário faz durante a jornada de trabalho. Ele pode monitorar a atividade física realizada, e oferecer insights valiosos para otimizar o desempenho e garantir a segurança do usuário.

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Reduzir lesões relacionadas ao trabalho

O exoesqueleto desenvolvido pelo Labtel tem o potencial de ser uma ferramenta crucial para reduzir lesões relacionadas ao trabalho.

Tarefas repetitivas estão diretamente ligadas a doenças musculoesqueléticas, o que leva muitos trabalhadores a se afastarem dos empregos.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 60 mil casos de lesões por esforços repetitivos são registrados anualmente.

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Apoio da Fabes  

Sob a coordenação do professor Camilo Rodríguez, do Departamento de Engenharia Elétrica da Ufes, e com o apoio técnico do aluno de Engenharia Mecânica Patrick Silva, o doutorando Luis Jordy Arciniegas liderou o desenvolvimento deste exoesqueleto revolucionário.

O projeto recebeu apoio da Fapes, por meio do Centro de Pesquisa, Inovação e Desenvolvimento (CPID), um espaço administrado pelo Governo do Estado, voltado para impulsionar a pesquisa científica e tecnológica.

“Esse apoio tem sido necessário para o desenvolvimento do protótipo, por meio da aquisição das impressoras 3D que utilizamos para a fabricação das peças do exoesqueleto e do espaço do CPID para a fabricação da ferramenta”, disse Rodríguez.

Baseado em robótica branda

O professor ainda explicou que o exoesqueleto é baseado em robótica branda, o que significa que os motores não são diretamente ancorados nas articulações.

Em vez disso, eles são distribuídos estrategicamente nas costas, e a força é transferida para os braços por meio de pólias e cabos de aço.

Inicialmente, o foco do aparelho está no cotovelo, mas há planos para expandir sua atuação para os ombros e até mesmo para a coluna vertebral, para corrigir posturas e auxiliar na reabilitação de pacientes.

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