O Sistema Único de Saúde (SUS) incorporou cinco novos remédios que vão fazer total diferença na vida de pacientes com HIV, câncer, asma e doença de Crohn.
Segundo o Ministério da Saúde, com as novas incorporações, mais de 14 mil pessoas serão beneficiadas com cuidados por meio da saúde pública.
Para pacientes com HIV, o ministério agora oferece o fostensair trometamol 600mg. O medicamento vai melhorar a qualidade de vida das pessoas com aids, principalmente as que desenvolvem uma condição multirresistente da doença.
Câncer no cérebro e pulmão
Na área oncológica, uma grande novidade é um método de monitoramento de funções neuronais, muito utilizado em cirurgias para retirada de câncer no cérebro.
Conhecido como MION, o procedimento funciona em conjunto com a equipe de saúde e pode diminuir o risco de lesões irreversíveis na hora da cirurgia.
Segundo o Ministério, a adoção do MION pelo SUS representa um ganho para o país, com 448 pacientes sendo beneficiados no primeiro ano.
E pacientes com câncer do pulmão agora tem uma nova esperança.
É o durvalumabe, medicamento usado nesse tipo de doença e que, em testes, apresentou resultados positivos. De início, o fármaco deve beneficiar 36 pacientes no 1° ano e 187 até o 5° ano.
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Alternativa para AIDS
O SUS também inovou no tratamento contra o HIV. O fostensavir trometamol 600mg fica disponível como uma alternativa aos antirretrovirais já existentes.
Pessoas com aids e que desenvolvem a condição última resistente do vírus, ficam mais suscetíveis a doenças oportunistas.
Agora, o fostensavir vem para somar com o etravirina 200mg, o último medicamento para pessoas multirresistentes incorporado há oito anos atrás.
Casos de asma
Se tratando de doenças crônicas, foi ampliado o uso do medicamento mepolizumabe 100mg/mL, para pacientes entre 6 e 17 anos que tenham asma eosinofílica grave refratária.
Já usado no tratamento de adultos, o medicamento melhora a vida do paciente, reduzindo as crises e o agravamento da enfermidade.
Para o 1° ano, o SUS estima beneficiar 22 pacientes. O número sobe para 110 no 5° ano.
Outro terapia adotada pelo SUS é o monitoramento do calprotectina fecal no intestino de pacientes com doença de Crohn.
Funcionando como um biomarcador, será possível identificar a atividade inflamatória no local.
Em comunicado, o Ministério disse que esse tipo de acompanhamento é fundamental para orientar a melhor forma de tratar o paciente.
“Essa é, inclusive, mais uma alternativa para monitoramento de pacientes, sendo menos invasiva – atualmente, é realizado por meio de exames de sangue, tomografia computadorizada e colonoscopia, exame padrão e mais invasivo. A expectativa é de atender 10.974 pacientes elegíveis no 1º ano e 12.331 no 5º ano”.