O espaço é repleto de mistérios, que aos poucos vão sendo desvendados. Dessa vez a sonda chinesa Chang’e-6 posou no lado escuro da Lua e capturou imagens incríveis. (vídeo abaixo)
Com a missão de coletar amostras lunares únicas, o módulo foi apoiado pelo satélite transmissor Queqiao-2 e chegou à área chamada de Bacia Pólo Sul-Aitken.
Segundo a Administração Espacial Nacional da China (CNSA), em breve, as equipes vão começar a coletar amostras de material da superfície e do subterrâneo. Esse é o segundo pouso da China no outro lado da Lua, com o primeiro foi realizado com sucesso em 2019, como mostrou o Só Notícia Boa.
Coletar amostras
E o principal objetivo da missão é coletar amostras. As da superfície serão coletadas com uma pá.
Já para o material interno da lua, a sonda vai usar uma broca.
Ao todo, a Chang’e-6 tem capacidade para coletar até 2.000 gramas de amostras.
Segundo a agência chinesa, essas coletas representam um avanço para identificar mais sobre fenômenos lunares.
Chang’e-6 na Lua
O feito foi muito comemorado pelos chineses e marca uma nova fase no processo de entender os segredos do lado tido como ‘secreto’.
A tecnologia usada para encontrar um pouso foi a detecção e alcance de luz (LiDAR), além de câmeras ópticas de alta tecnologia.
Com a ajuda de uma câmera super tecnologia, a sonda selecionou um ponto seguro com base no brilho refletido pelo astro, pousando sem problemas em um local determinado.
Antes de continuar a descida, quando atingiu a alteridade de 2,5 quilômetros acima da superfície, a sonda fez os últimos ajustes rápidos de posição.
Leia mais notícia boa
- Índia lança expedição ao Sol, depois da missão à Lua; Vídeo
- Tem oxigênio e enxofre na Lua, confirma robô explorador da Índia
- Veja 1ª foto do lado escuro da Lua tirada pela sonda Chandrayaan-3
Próximos passos
Após conclusão das coletas, entra em prática outro processo desafiador, o de devolver o material coletado para análise na Terra.
Um veículo de subida será lançado junto com as amostras do topo da sonda. Esse lançamento está previsto para ocorrer 48 horas após o pouso, levando consigo o material para a órbita lunar.
Depois, tudo será transferido para uma cápsula de reentrada, antes de iniciar a viagem de volta à Terra.
A cápsula, ao entrar na atmosfera, deve cair em um campo de pastagem da Mongólia Interior. Depois, tudo será transferido para instalações espaciais, onde o material será analisado e armazenado.
Próximas missões
A Chang’e-6 faz parte de um complexo programa lunar chines, que deve terminar até 2030.
Em 2026 o país vai lançar a Chang’e-7, seguido da Chang’e-8 em 2028.
A China, em 2030, quer lançar a primeira missão lunar tripulada.
Veja as imagens capturadas pela sonda: