Idosos formam grupo de breakdance no Japão; “quebrando preconceitos”
Um grupo de idosos se juntou para formar um time de breakdance no Japão. Muito motivados pelo fato da modalidade ter se tornado um esporte olímpico, eles se divertem, mantêm o corpo em movimento e quebram preconceitos!
O Ara Style Senior é o único clube de breakdance japonês formado por idosos e eles se reúnem toda sexta-feira para ensaiar as apresentações que costumam fazer em festivais locais.
A equipe foi ideia da vereadora Reiko Maruyama, de 71 anos, que depois de conversar com o filho de um amigo ex-campeão nacional de break, apresentou a iniciativa para os residentes mais velhos. “Eu disse a ele, agora que vai ser um esporte olímpico, este é o momento decisivo”, contou a mulher. E não é que deu super certo?
Ara Style Senior
E se depender do técnico, a Ara Style tem tudo para ganhar todas as competições.
Isso porque o coach é Yusuke Arai, ex-campeão nacional de break muito conhecido por quem pratica o esporte no Japão.
Para Reiko, a modalidade une saúde e diversão, sendo um diferencial grande para idosos solitários.
“Acho ótimo que você possa rir, dançar e se manter saudável, e é por isso que recomendo isso às pessoas ao meu redor”, contou.
Hoje o Art Style Senior tem 15 membros, e os ensaios são regulares. Diferente das acrobacias e piruetas realizadas pelos b-boys e b-girls (nome dado aos dançarinos de break), o Art Style é mais tímido. O objetivo é dançar e ficar em forma!
Leia mais notícia boa
- Rede social exclusiva para idosos chega ao Brasil para combater a solidão na 3ª idade; veja
- Anônimo faz surpresa, paga conta de idosos em restaurante e gentileza emociona
- Idosos de 100 e 102 anos se casam em casa de repouso; amor não tem idade
Idosos aprovam
E quem participa da iniciativa diz que o grupo de dança faz o maior bem. É o caso de Saruwaka Kiyoshie, uma surfista de 74 anos.
A ideia de participar da companhia de dança veio depois que o break foi confirmado para os Jogos de Paris 2024.
“Eu costumava ver crianças dançando break sob os trilhos da ferrovia e pensava comigo mesma: ‘Provavelmente seria uma delas se fosse jovem’”, contou Saruwaka, que vê na modalidade uma forma também de combater o preconceito.
Segundo ela, “nunca me imaginei que faria isso nessa idade, mas quando surgiu a oportunidade pensei: ‘Por que não? Parece divertido!”.
Hitomi Oda, de 69 anos, tem os mesmo objetivos de Saruwaka, se divertir e ficar saudável. “No início pensei: ‘Não há como conseguir dançar break na minha idade”.
Mas logo depois, ela se entregou à dança e aprendeu os movimentos. “Não podemos fazer nada extremo, mas é divertido fazer movimentos fáceis e deixar o corpo funcionando”.
Break nas Olimpíadas
O Breakdance aparece pela primeira vez como um esporte Olímpico nos Jogos de Paris 2024.
Ao todo, 16 B-boys e 16 B-Girls vão se apresentar, levando a arte da rua para um dos eventos mais importantes do mundo.
O japonês o Shigeyuki Nakarai, conhecido como Shigekix, é um dos favoritos a ganhar a competição. Shigekix foi Campeão dos Jogos Asiáticos de 2022.
Com informações de ABC.