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Implante cerebral faz menino controlar crises de epilepsia; reduz 80% das convulsões
29 de junho de 2024
- Vitor Guerras
O menino Oran foi o primeiro do mundo a receber um implante contra epilepsia. As convulsões diárias dele reduziram em 80%. -Foto: Great Ormond Street Hospital For Children.
O menino Oran foi o primeiro do mundo a receber um implante contra epilepsia. As convulsões diárias dele reduziram em 80%. -Foto: Great Ormond Street Hospital For Children.

Um menino de 13 anos foi o primeiro do mundo a receber um implante para tratar crises de epilepsia grave. Com o neuroestimulador implantado, ele conseguiu reduzir em 80% as convulsões diárias.

Oran Knowlson é um garoto de Somerset, Reino Unido. Quando tinha três anos, foi diagnosticado com síndrome de Lennox-Gastaut, uma grave forma de epilepsia muito resistente às terapias.

O dispositivo que ele recebeu transmite sinais elétricos profundos para o cérebro e evita os sinais que podem causar convulsões. Com o resultado positivo, mais três crianças vão receber o tratamento experimental.

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A cirurgia

A síndrome de Lennox-Gastaut prejudicava e muito a vida do menino. Ele menino tremia incontrolavelmente, perdia a consciência e tinha convulsões inúmeras vezes ao dia.

Além disso, a dificuldade em controlar a respiração nesses momentos exigia sempre uma medicina emergencial para o garoto.

A cirurgia de Oran foi realizada no Great Ormond Street Hospital, em Londres. Lá, o garoto recebeu um neuroestimulador chamado Picostim.

O objetivo do implante era, a partir de um pulso de corrente contínua, estabilizar a atividade cerebral de Oran.

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O implante no cérebro

Durante a cirurgia, dois eletrodos foram inseridos no cérebro de Oran até o tálamo, ponto vital para a transmissão de sinais neurais.

Os eletrodos estão conectados diretamente ao neuroestimulador, um aparelho mínusculo inserido através de um buraco no crânio do paciente.

Vida nova

Segundo Justine, mãe de Oran, desde que o dispositivo foi instalado, a vida da criança mudou.

A doença, que havia roubado toda a infância dele, agora diminuiu em 80%.

Oran também tem autismo e TDHA, mas Justine explicou que a maior dificuldade sempre foram as crises epiléticas, que estão prestes a se tornar coisa do passado.

Além disso, o dispositivo pode ser facilmente carregado enquanto o garoto assiste televisão, por exemplo.

Isso porque a recarga é feita, sem fio, por meio de fones de ouvido. O neuroestimulador também é totalmente indolor.

Futuros experimentos

Com os ótimos resultados recolhidos no primeiro teste com Oran, os médicos agora vão expandir os estudos.

Como parte da mesma pesquisa, mais três crianças, todas com síndrome de Lennox-Gastaut, terão o neuroestimulador cerebral profundo implantado.

Vai ciência!

Oran Knowlson usa fones de ouvido para recarregar o dispositivo. Foto: Great Ormond Street Hospital For Children.
Oran Knowlson usa fones de ouvido para recarregar o dispositivo.  Com o implante as convulsões diárias dele reduziram em 80%. – Foto: Great Ormond Street Hospital For Children.

Com informações de NDTV.

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