Superação com chance de medalha de ouro. Isso mesmo, uma nadadora, que perdeu parte de uma perna num ataque de tubarão, vai competir, pela primeira vez, nas Paralimpíadas de Paris, agora em julho. A atleta foi atacada pelo tubarão há apenas um ano e agora, recuperada, vai lutar para subir no pódio, como fazia antes do acidente.
Ali Truwit transformou a tragédia em desafio. Um ano depois ela conquistou uma vaga para disputar o título, no nado livre individual e em equipe, nas Paralimpíadas de Paris. E diz que deve toda a evolução à natação.
“A natação foi a primeira coisa que salvou minha vida. A segunda foi minha companheira de equipe Sophie” – que estava com ela no momento do ataque e a ajudou o tempo todo -, agradeceu a nadadora, que perdeu uma perna, do joelho para baixo.
O ataque do tubarão
A nadadora estava em um resort com a amiga Sophie Pilkinton, também atleta, para comemorarem a formatura na faculdade, quando mergulharam numa praia em Miami. Foi aí que surgiu o tubarão. Os primeiros cuidados foram dados por Sophie.
Sophie ajudou a estancar o sangue de Ali e cuidou dela até a chegada dos paramédicos. A nadadora foi levada de avião para o centro de trauma, a 930 quilômetros de distância, em Miami, onde precisou de duas cirurgias de emergência para combater a infecção.
Depois, foi transferida para Nova Iorque, onde foi informada que parte da sua perna seria amputada. O médico avisou que, “primeiro salvaria sua vida” e, em seguida faria o máximo o possível para “salvar” parte da perna esquerda. E, felizmente, conseguiu.
No aniversário de 23 anos, Ali amputou do joelho esquerdo para baixo. Daí para frente, começou uma nova etapa para a reabilitação e de uma vida totalmente diferente. “Num piscar de olhos, minha vida quase foi tirada de mim. E, num piscar de olhos, estou lutando para tomá-la de volta”, afirmou Ali.
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Paraolimpíadas de Paris
Diante da nova realidade, Ali decidiu que seguiria com a natação. Ela procurou Jessica Long, de 32 anos, lendária nadadora paralímpica com mais de 50 medalhas em campeonatos mundiais.
Na conversa, falaram sobre a vida como amputado e o futuro potencial de Ali nos Jogos Paralímpicos. Jessica ajudou Ali a se ajustar à sua nova vida e à transição para a natação paraolímpica.
“A confiança dela e a forma como ela exibe suas próteses com orgulho fora da piscina me deram força e autoaceitação”, afirmou a nadadora ao Jokermag.
Três meses após o ataque, Ali competiu em sua primeira disputa de natação paralímpica. Daí para frente, não parou mais.
E agora garantiu uma vaga para as Paralimpíadas de Paris. Será sua primeira vez.
Boa sorte, Ali.
Viva a determinação!