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Cães farejam estresse pós-traumático de pacientes antes da crise com 90% de precisão
16 de julho de 2024
- Renata Dias
Cientistas treinam cães para farejar estresse pós-traumático de pacientes, com 90% de precisão, e dar o alerta antes da crise. Na imagem:
Cientistas treinam cães para farejar estresse pós-traumático de pacientes, com 90% de precisão, e dar o alerta antes da crise. Na imagem:

São anjos de quatro patas mesmo. Cães são capazes de farejar estresse pós-traumático em pacientes, com 90% de precisão, e dar o alerta antes da crise. É o que revela pesquisa feita no Canadá com dois cães, que estão sendo treinados para a função.

Os cientistas observaram que o fato de os cães terem narizes sensíveis, faz com que eles consigam detectar os primeiros sinais de alerta de situações médicas, como uma convulsão iminente, com antecedência.

A descoberta pretende tornar os cães de apoio mais eficientes como acompanhantes de pacientes em tratamento para a superar o problema.

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O estudo

O diagnóstico de estresse pós-traumático ocorre quando a pessoa vive algo inesperado e negativo de grande intensidade, como acidente de carro, um ataque e agressão muito fortes. Os sintomas são flashbacks, pesadelos e ansiedade severa, além de pensamento fixo.

No estudo-piloto, a equipe ensinou dois cães a decifrar o hálito de pessoas que foram lembradas de traumas, reconhecendo o cheiro de reações traumáticas no hálito humano.

A Golden Retriever chamada Ivy e uma mistura de pastor alemão com pastor belga malinois chamada Callie foram os cães da pesquisa.

Os dois cães foram escolhidos entre 25  por serem “habilidosos e motivados o suficiente” para completar o rigoroso processo de treinamento.

Resultados preliminares

A primeira autora do estudo, Laura Kiiroja, da Dalhousie University, Canadá, disse que os cães captam aspectos físicos e comportamentais – respiração, gestos e mudanças faciais, mas também o hálito.

Segundo ela, a ajuda dos cachorros será para alertar a pessoa sobre uma eventual crise, conseguindo inclusive interrompê-la.

O laboratório de psicologia clínica da Sherry Stewart na Universidade Dalhousie colaborou com o laboratório de olfato canino de Simon Gadbois, reunindo dois conjuntos distintos de conhecimentos.

Os cientistas recrutaram 26 pessoas como doadores de aromas, que também estavam participando de um estudo sobre as reações de pessoas com traumas quando lembradas daquele trauma; mais da metade dos pacientes atendia aos requisitos diagnósticos para TEPT.

Os participantes também responderam a um questionário sobre seus níveis de estresse e emoções.

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Nova etapa

O estudo entra agora em uma nova etapa.

Serão incluídos 40 conjuntos de amostras de hálito e será feita a validação com o grupo selecionado anteriormente.

Além de inscrever mais participantes, os estudos de validação devem coletar amostras de um número maior de eventos estressantes para confirmar a capacidade dos cães de detectar com segurança os marcadores indicativos de estresse na respiração de um humano em diferentes contextos, segundo o Goodnewsnetwork.

Ivy e Callie, cães treinados e que farejam estresse pós-traumático de pacientes, atingindo 90% de precisão. Há uma pesquisa científica em curso. Foto: Laura Kiiroja / Dalhousie University
Ivy e Callie, cães treinados e que farejam estresse pós-traumático de pacientes, atingindo 90% de precisão. Há uma pesquisa científica em curso. Foto: Laura Kiiroja / Dalhousie University

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