As estatísticas têm suas exceções, prova disso é uma mulher com dois úteros, um caso raro, que consegue engravidar, aos 39 anos, e realizar o sonho de ser mãe. O tempo passou e Roberta Casagrande está com 44 anos e o João, com 5, para contar a história de superação.
Aos 17 anos, Roberta ouviu de médicos que não conseguiria engravidar por ser um caso raro, que atinge algumas mulheres com a condição chamada de útero didelfo (ver explicações abaixo). Mas ela jamais desistiu de buscar uma solução.
Assim, contrariando as estatísticas, a mulher engravidou naturalmente e o bebê se desenvolveu no seu útero menor – que mede metade do tamanho de um útero comum. Hoje a família está completa e mora em Londrina, no Paraná.
Susto e emoção
Embora muito desejada, a gravidez foi uma surpresa, sobretudo por ser natural.
“A primeira sensação foi de susto, depois de muito medo. Por isso, eu só fui comprar a primeira roupinha no quinto mês de gestação”, lembrou.
Até então, o que Roberta ouvia era que teria um aborto espontâneo, já que o útero não teria espaço para o bebê se desenvolver além dos seis meses.
Porém, João é um menino saudável, risonho e cheio de vida, está com 5 anos. “É a alegria da nossa casa.”
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Útero didelfo
É uma malformação e considerado um caso raro porque atinge 1 em cada 2 mil mulheres no mundo.
A condição ocorre porque durante o processo da formação embrionária do útero há a duplicação do órgão e do colo uterino, incluindo parte do canal vaginal.
É chamada de condição de Hatcher. Atualmente os médicos observam a possibilidade da mulher com o diagnóstico engravidar, desde que tenha ciclo menstrual regular.
Costuma ser tratada como uma gravidez delicada e tem de ser acompanhada atentamente pelos especialistas.
Roberta Casagrande contou sua história para a Revista Crescer.