Grupo de amigos cria moradia comunitária para envelhecer junto no México
Amigos estão trocando asilos por moradias comunitárias no México, lá, eles podem envelhecer com autonomia, leveza e próximos daqueles que amam!
A “La Guancha” nasceu em 2009 como um projeto acadêmico de Margarita Maass. O objetivo era a melhoria da qualidade de vida dos idosos. Doutora em ciências sociais, Margarita comprou o lote e começou, de pouquinho a pouquinho, montando um paraíso na cidade de Malinalco.
Cercada por florestas e montanhas, a iniciativa foi crescendo e hoje 28 idosos já construíram casas no local. O senso de comunidade é muito forte e tudo é movido com doações. “Aprendi que doar é muito mais satisfatório do que eu poderia imaginar”, Francisco Vigil, um dos idosos que moram no local.
Paraíso na natureza
A população idosa do México enfrenta um processo de envelhecimento moderadamente avançado.
Junto com conhecidos, Margarita achou que a ideia poderia ser boa e deu super certo.
Eles construíram casas com paredes de palha e barro, instalaram aquecedores solares para água, entre outros.
Frutas e vegetais são encontrados em abundância. Há pés de goiabas, laranjeiras, mamey e até mangueiras. Tudo é usado na cozinha das residências.
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Compartilhando de tudo
Francisco Vigil, de 61, e Tesha Martínez, de 65, decidiram largar a agitada casa na Cidade do México e se mudar para o local, na pacata cidade de Malinalco.
O idoso disse que a vida lá é diferente e que a comunidade se ajuda muito.
“Em minha vida profissional, eu doava porque recebia um salário (…), agora é diferente porque é uma colaboração (…)”, disse o ex-trabalhador da indústria automotiva em entrevista à AFP.
Para Margarita, a situação é boa para todos. “É muito boa para pessoas solitárias, porque vivem juntas; para pessoas que não têm muito dinheiro, porque compartilham as despesas; e para pessoas que têm problemas com doenças, porque, estando juntas, compartilham um médico”, explicou
Se envolvem com locais
A comunidade em volta da iniciativa também ganha.
Tesha, por exemplo, aproveita a experiência que tem para ensinar inglês e colaborar em uma oficina de cerâmica em Malinalco. Para ela, esse é o verdadeiro sentido da vida.
Além disso, a professora aposentada adora cozinhar com frutas e legumes da horta comunitária.
As refeições são sempre compartilhadas com os amigos. Bacana demais!
Independência da família
Para Francisco, o importante é que seus filhos tenham uma vida própria e que ele possa envelhecer com saúde.
“Se educarmos nossos filhos para voar, então, quando eles voarem, nós também teremos que voar”, contou.
Veja como é a comunidade criada pelos idosos: