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Motorista que deixou bilhete após arranhar carro tem gentileza retribuída 6 anos depois
17 de outubro de 2024
- Vitor Guerras
O motorista Nicolas há seis anos deixou um bilhete em um carro que ele arranhou. Seis anos depois, quem recebeu o bilhete por arranhão no carro foi ele .- Foto: Nicolas Rodrigues
O motorista Nicolas há seis anos deixou um bilhete em um carro que ele arranhou. Seis anos depois, quem recebeu o bilhete por arranhão no carro foi ele .- Foto: Nicolas Rodrigues

O motorista Nicolas Rodrigues Boucher havia acabado de tirar a carteira e depois de arranhar um outro carro, deixou um bilhete para que o dono entrasse em contato. Agora, seis anos depois. ele retribuiu a gentileza.

Na época, Nicolas, de São Paulo, estava com o automóvel do pai no estacionamento da academia. Quando foi manobrar o veículo acabou arranhando um outro e deixou um bilhete no carro dizendo que pagaria o conserto. A pessoa que teve o carro avariado nunca entrou em contato.

E como o bem vai e volta, dessa vez foi Nícolas que teve o carro arranhado e encontrou um bilhete parecido com o que deixou. Reproduzindo gesto, ele não aceitou que o outro motorista pagasse o conserto, mas entrou em contato para parabenizar pela honestidade.

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Estacionado na rua

Motorista de aplicativo, Nícolas contou que o carro dele estava estacionado no bairro Itararé, quando foi arranhado por uma motorista. Ele mora na região e como não tem garagem, costuma deixar o veículo na via.

Quando notou o arranhão, ele disse: ”Fique um pouco preocupado, mas a preocupação perdeu posição e a felicidade [tomou conta] por isso ter acontecido com uma pessoa honesta”, explicou o rapaz de 24 anos em entrevista ao G1.

No bilhete, a motorista deixava o próprio contato para que Nicolas mandasse uma mensagem. Ela estava disposta a pagar pelo prejuízo que causou.

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“Gentileza gera gentileza”

Foi tudo parecido com o que ele viveu anos atrás: “Deixei meu nome, explique onde que arranhei, pedi desculpa, deixei meu telefone para entrar em contato e mandar o orçamento, mas a pessoa nem entrou”, lembrou o jovem.

Nícolas entrou em contato com a motorista e explicou que não aceitaria o pagamento.

“Tem certeza? Qualquer coisa você me avisa”, disse a mulher que bateu no carro dele.

“[certeza] Absoluta, gentileza gera gentileza”, respondeu Nícolas.

E seis anos depois, a história se repetiu.

Corrente do bem

Em 2018, Nicolas era estudante de pré-vestibular. Quando questionado sobre o motivo de achar que o primeiro motorista do bilhete nunca fez contato com ele, ele explicou.

“Ou a pessoa ficou com dó porque viu que era folha de caderno, [com] aquelas ‘rebarbas’, e [pensou] que era um estudante quebrado, ou sei lá, achou que fosse besteira, que não ia gastar muito”, brincou.

O negócio é que você fez a coisa certa, Nicolas e taí a corrente do bem!

Nicolas entrou em contato com a jovem e disse que não aceitaria o pagamento. Verdadeira corrente do bem! - Foto: Nicolas Rodrigues
Nicolas entrou em contato com a jovem e disse que não aceitaria o pagamento. Verdadeira corrente do bem! – Foto: Nicolas Rodrigues
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