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Remédios contra próstata aumentada protegem contra Parkinson e Alzheimer, diz estudo

Vitor Guerras
10 / 01 / 2025 às 07 : 35
Um trio de remédios para próstata aumentada conseguiu prevenir em 40% doenças neurodegenerativas como Parkinson e Alzheimer. - Foto: Freepik. - Foto: Freepik
Um trio de remédios para próstata aumentada conseguiu prevenir em 40% doenças neurodegenerativas como Parkinson e Alzheimer. - Foto: Freepik. - Foto: Freepik

Vai ciência! Pesquisadores descobriram que remédios específicos para o tratamento de próstata aumentada têm também um outro benefócio: conseguem reduzir o risco de doenças neurodegenerativas, como o Parkinson e Alzheimer.

A descoberta foi feita por pesquisadores da Universidade de Iowa (UI), nos Estados Unidos, e aponta um possível uso alternativo dos medicamentos. O terazosina, doxazosina e alfuzosina, em testes realizados pelos cientistas, aumentaram a produção de energia nas células cerebrais.

Esse efeito pode retardar ou até mesmo prevenir doenças como Parkinson, Alzheimer e DLB. O estudo analisou mais de 643 mil homens e foi publicado na conceituada revista científica Neurology.

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Risco 40% menor

A DLB é uma doença neurodegenerativa que provoca o declínio cognitivo rápido e demência.

Os participantes do estudo apresentaram 40% menos risco de desenvolver a condição quando tomavam terazosina, doxazosina e alfuzosina. Isso porque os medicamentos têm um efeito colateral único, idêntico: o de aumentar a produção de energia nas células cerebrais.

“Uma das coisas mais empolgantes sobre este estudo é que encontramos o mesmo efeito neuroprotetor que vimos na doença de Parkinson. Se houver um mecanismo de proteção amplo, esses medicamentos poderiam ser potencialmente usados ​​para controlar ou prevenir outras doenças neurodegenerativas”, destacou Jacob Simmering, professor assistente de medicina interna da UI.

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Apesar dos resultados positivos, o grupo assume que o estudo foi observacional e não pode, diretamente, comprovar uma relação causal entre os medicamentos e a redução da doença.

No entanto, a equipe já está organizada para investigar se o efeito neuroprotetor também pode ser observado em mulheres, uma vez que o grupo de voluntários era formado apenas por homens.

Mesmo assim, Jacob se disse animado quanto à descoberta e espera ampliar a pesquisa em breve.

Esperança para o futuro

Mesmo não conseguindo prevenir as doenças neurodegenerativas, retardá-las já é uma grande esperança para o futuro, lembrou o cientista.

“Doenças como demência com corpos de Lewy, ou doença de Parkinson, ou doença de Alzheimer são debilitantes, e não temos realmente nenhum bom tratamento que possa modificar a progressão da doença. Podemos tratar os sintomas, mas não podemos realmente retardar a doença”, finalizou.

No estudo realizado pelo grupo, homens que tomaram os medicamentos tiveram risco 40% menor de desenvolver doenças neurodegenerativas. - Foto: Freepik
No estudo realizado pelo grupo, homens que tomaram os medicamentos tiveram risco 40% menor de desenvolver doenças neurodegenerativas. – Foto: Freepik
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