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Ter vida social pode atrasar a demência em cinco anos, revela pesquisa

Renata Dias
09 / 03 / 2025 às 09 : 00
Pesquisa norte-americana revela que ter vida social, como passear e encontrar amigos, pode atrasar o diagnóstico de demência em cinco anos porque os circuitos cerebrais são fortalecidos. - Foto: Licia Rubinstein/Agência IBGE Notícias
Pesquisa norte-americana revela que ter vida social, como passear e encontrar amigos, pode atrasar o diagnóstico de demência em cinco anos porque os circuitos cerebrais são fortalecidos. - Foto: Licia Rubinstein/Agência IBGE Notícias

Uma pesquisa, conduzida pela Rush University em Chicago, nos EUA, revela que uma pessoa com vida social pode atrasar o diagnóstico de demência em pelo menos cinco anos.Jantar fora, viajar e encontrar com amigos é muito melhor do que parece.

Publicada no jornal científico Alzheimer’s & Dementia: The Journal of the Alzheimer’s Association, a pesquisa mostra que distintas atividades sociais, exercidas de forma frequente, reduzem em 38% o risco de demência e 21% a ameaça de comprometimento cognitivo leve, em comparação com os menos ativos socialmente.

“No estudo, mostramos que os idosos menos ativos socialmente desenvolveram demência em média cinco anos antes dos mais ativos socialmente”, disse Bryan James, professor associado de medicina interna na Rush.

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Pesquisa e testes

A vida social está diretamente ligada ao atraso da demência porque ajuda a fortalecer os circuitos neurais no cérebro, fazendo com que fiquem mais resistentes ao acúmulo de patologias que ocorrem com a idade. O comportamento social ativa ainda as mesmas áreas do cérebro envolvidas no pensamento e na memória.

O estudo revela ainda que 1.923 idosos sem demência, com idade média de 80 anos, que participam do Rush Memory and Aging Project, programa em andamento sobre condições crônicas comuns do envelhecimento, também apresentaram resultados diferentes por causa do modo de vida.

Pelo menos 545 participantes desenvolveram demência, e 695 indicaram comprometimento cognitivo leve. Todos foram submetidos a avaliações anuais médicas e testes neuropsicológicos. Para análise de comportamento, eles responderam um questionário detalhado sobre atividades sociais: idas a restaurantes ou eventos esportivos, bingo, viagens e encontros.

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Resultados e conclusões

No começo da pesquisa, os 1.923 não apresentavam qualquer sinal de demência. Mas, depois de cinco anos, a situação mudou.

Os cientistas consideram também outras variáveis, como idade, problemas de saúde e falta de exercício físico para acentuar a queda cognitiva: perda de memória e compreensão.

Porém, os pesquisadores insistem que a atividade social, uma vez que “desafia adultos mais velhos a participar de trocas interpessoais complexas, o que poderia promover ou manter redes neurais eficientes em um caso de ‘use ou perca’”, conforme publicação na GNN.

Ótima desculpa para ligar para os amigos e marcar um encontro em casa, não?

O convívio social funciona como um "desafio" constante, estimulando cérebro, entendem os pesquisadores. Foto: Agência Brasil
O convívio social funciona como um “desafio” constante, estimulando cérebro, entendem os pesquisadores. Foto: Agência Brasil
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