Só Notícia Boa
Comercial

Mulheres que venceram câncer de mama remam juntas no lago e espalham esperança no tratamento

Vitor Guerras
29 / 04 / 2025 às 10 : 10
As mulheres que venceram o câncer de mama no DF, remam juntas no Lago Paranoá e encontram forças uma nas outras. - Foto: Ed Alves/CB/DA Press
As mulheres que venceram o câncer de mama no DF, remam juntas no Lago Paranoá e encontram forças uma nas outras. - Foto: Ed Alves/CB/DA Press

Na superfície tranquila do Lago Paranoá, em Brasília (DF), um barco dragon boat decorado com cabeças e caudas de dragão desliza ao som de muita esperança: são mulheres que venceram o câncer de mama e remam juntas unindo forças uma com as outras. Conhece o Canomama?

Unidas pela experiência de terem vencido o câncer, essas 22 mulheres remam no barco movidas por algo maior do que o esporte: a vontade de recomeçar. O Canomama é, segundo as participantes, uma rede de apoio que acolhe todas em diferentes fases da vida e da recuperação.

“Aqui, a força está na união, não na competição. A maior batalha, já vencemos. Agora, remamos por amor e comunhão”, disse Larissa Lima, presidente do projeto, em entrevista ao Correio Braziliense.

Comercial

Remar é recomeçar

Cada mulher no Canomama tem uma história marcada por lutas e conquistas.

Francinélia Soares, de 62 anos, entrou para o grupo em 2019. Na época, o pai dela viu uma reportagem na TV.

“Ele viu na televisão e me disse: ‘Minha filha, esse esporte é para você’. Me apaixonei pelo remo e nunca mais parei. Aqui encontrei um grupo que se apoia e promove um novo significado para a vida”, disse em entrevista ao Correio Braziliense.

Já Maria de Souza, de 52 anos, descobriu o câncer em 2023 e encontrou no remo o refúgio que precisava.

“Há certas coisas que você fala com a pessoa que é igual a você, que sabe exatamente todas as dores e conhece todo o processo, e que sentiram na pele o que é receber um diagnóstico de câncer de mama.”

Leia mais notícia boa

Força da união

Para Larissa Lima, atual presidente do projeto, o Canomama é um propósito de vida.

“Quando me apresentaram a ideia, pensei: se eu sobreviver, vou me dedicar a isso. Hoje, cada remada é uma vitória.”

A presidente destacou ainda que o dragon boat não foi escolhido à toa. Segundo ela, o barco consegue acolher todas as limitações deixadas pelo tratamento.

Corpo e mente em movimento

Além do impacto emocional, remar também traz vários benefícios físicos.

O movimento da canoagem melhora a mobilidade dos ombros, reduz dores e limitações causadas por todas as cirurgias e tratamentos que elas passaram.

E o convívio vai além do momento na água.

“Antes de entrar no Canomama, eu me sentia perdida. Não sabia como recomeçar minha vida após o câncer. Hoje, sou uma mulher diferente. Mais forte, mais confiante e cercada de amigas que entendem exatamente pelo que passei”, destacou Maria.

Movimento é global

O Canomama faz parte de um movimento global que reúne mais de 150 equipes de remadoras sobreviventes do câncer de mama em todo o mundo.

No Brasil, são 18 times que seguem a orientação das Remadoras Rosa do Brasil e que fazem parte do International Breast Cancer Paddlers’ Commission (IBCPC).

O dragon boat é uma embarcação originária da China e tem um significado especial para as mulheres.

Decorado com cabeças e caudas de dragão, o barco simboliza força e superação.

Veja mais fotos das mulheres que tiveram câncer de mama e remam juntas no lago:

Ao som do tambor, elas deslizam pelo Lago Paranoá. - Foto: Ed Alves CB/DA Press
Ao som do tambor, elas deslizam pelo Lago Paranoá. – Foto: Ed Alves CB/DA Press
O barco é decorado com cabeça e cauda de dragão. Força e superação! - Foto: Ed Alves CB/DA Press
O barco é decorado com cabeça e cauda de dragão. Força e superação! – Foto: Ed Alves CB/DA Press
Comercial
Notícias Relacionadas
Comercial
Últimas Notícias
Comercial
Mais Lidas
Comercial
Mais Notícia Boa
Comercial