Número de onças-pintadas volta a crescer na Mata Atlântica, diz censo
As onças-pintadas, que quase desapareceram nos anos 90 por causa dos caçadores, voltam a ser vistas no parque nacional onde ficam as Cataratas do Iguaçu.
Pesquisadores brasileiros e argentinos acabam de divulgar o resultado de um novo censo que totalizou 105 onças-pintadas na Mata Atlântica, 16% a mais que o censo anterior. Um dos motivos é o equilíbrio ambiental.
O censo é feito desde 2009 numa área de 380 mil hectares de Mata Atlântica na fronteira dos dois países.
“Esse projeto, esse esforço, mostra que isso é possível. É possível ficar bem para as pessoas e bem para as onças”, disse a coordenadora do Projeto Onças do Iguaçu, Yara Barros, ao JN.
E os tipos de onças tem variado.
Os queixadas, por exemplo, espécie de porco selvagem, reapareceram. E renderam imagens inéditas com a ninhada.
“O queixada é uma espécie que foi considerada extinta nessa região há 20 anos. É um item alimentar muito importante pra onça-pintada, e eles estarem voltando pro parque, estarem de volta é importante pra gente, é importante pras onças, a gente tá super feliz”, diz Yara Barros.
Como
Biólogos e especialistas em meio ambiente estudam a maior área remanescente de Mata Atlântica do sul do Brasil, o parque nacional onde ficam as Cataratas do Iguaçu. Guiados por GPS, eles procuram animais que receberam uma coleira de monitoramento.
Quando não é possível localizar por satélite, os pesquisadores contam com um aparelho que recebe um sinal de rádio transmitido pelo equipamento do animal.
Desse jeito dá pra saber que caminhos a onça costuma fazer, e tentar registrar os hábitos do bicho.
A vigilância é feita por câmeras com sensores, disparados por movimentos.
“Esses são os nossos olhos. A gente diz que é o ‘Big Brother’ da floresta”, brinca a bióloga Vania Foster.
Com informações do JN
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