Ex-desempregado vende empadas com gentileza, vira empresário e agora emprega pessoas
Mais do que empadas, empadas com gentileza. Foi isso que fez virar a vida de então desempregado Rangel Reis. Hoje ele é um empresário que vende bem, vive feliz e emprega várias pessoas!
Tudo começou há 4 anos, quando Rangel perdeu o emprego em Belém, no Pará, e precisou se reinventar. As contas atrasadas fizeram o brasileiro vender brigadeiros nas ruas, mas as vendas fracassaram durante o isolamento social.
Depois ele teve a ideia de vender empadinhas junto com mensagens motivacionais e de gentileza. Foi aí que tudo mudou. Há dois anos, ele conseguiu abrir uma empresa, começou a gerar empregos, dar oportunidade a quem precisa e hoje vive um dos momentos mais felizes de sua vida.
Caminho difícil
Claro que não foi fácil, mas Rangel foi obrigado a se reinventar porque não tinha alternativa. O primeiro tombo foi vendendo brigadeiros.
“A gente não sabia nada de como fazer. Deu tudo errado. Pensei em desistir porque não era fácil. Foi de tanto errar que nós começamos a acertar e crescer. A minha rotina envolvia vender bombons no sinal de manhã, perto do Bosque Rodrigues Alves e à tarde, entrar nos coletivos para oferecer as empadas”, disse em entrevista ao O Liberal. Até que vieram as empadinhas com gentileza e uma ajuda inesperada que fez o negócio virar.
Ajuda de um desconhecido
Durante o período do isolamento social, ele quase perdeu 72 empadas. Rangel não conseguiu vender porque as pessoas estavam fechadas em casa e fez um desabafo nas redes sociais, que viralizou.
Momentos depois, um desconhecido mandou uma mensagem e enviou um pix para comprar as empadas encalhadas, com um pedido nobre:
“Uma pessoa de São Paulo me mandou mensagem e perguntou quanto custavam todas as empadas, me fez o Pix com o valor e me mandou doar todos os salgados. Doei para enfermeiras de Belém que estavam na linha de frente do vírus, cuidando de pessoas internados na UTI e foi muito bacana essa solidariedade”, comemorou.
Melhorar a vida das pessoas
No ano passado veio outra mudança: ele deixou de comprar salgados prontos e começou a fazer as empadinhas na cozinha de casa, com a ajuda da esposa e da sogra.
Foi quando nasceu a empresa “Empadas do Rangel”, que hoje tem 7 funcionárias, uma cozinha industrial e mais de 15 funcionários na distribuição e venda dos salgados.
Ao ingrediente de vendas ele acrescentou seu diferencial: melhorar o dia das pessoas.
“Tudo começou a mudar quando parei de vender empada e comecei a agregar algo na vida das pessoas. Quando comecei a me preocupar com as pessoas em si, as coisas mudaram”, afirmou.
As empadas do Rangel vão junto com mensagens motivacionais e muitas das vendas são feitas dentro do ônibus, quando as pessoas estão a caminho do trabalho ou do estudo e têm tempo para pensar.
Ele conta que tem gente que chega a chorar quando lê. “Isso não tem preço, essa simplicidade com os clientes comigo. É o que me move todos os dias”, agradeceu o empresário.
Negócio com propósito
E Rangel aprendeu que não basta oferecer um bom produto, também tem que haver um propósito:
“No início o negócio foi por necessidade, mas hoje, já é um propósito muito maior, de gerar novas conexões, podendo receber um sorriso do próximo”, afirmou.
E as mensagens positivas podem chegar no momento em que as pessoas mais precisam, como a técnica em radiologia Tamara Chaves, de 42 anos.
Ela entrou no ônibus da linha Pedreira Lomas e durante o trajeto, foi surpreendida pelo vendedor cheio de simpatia e bom humor.
“Estou passando por um momento difícil e não esperava que iria entrar aqui [no ônibus] e ser recebida com tanta gentileza e compreensão de alguém que não conheço. Eu precisava ler [no bilhete] que não posso desistir dos meus sonhos”, afirmou.
Assista:
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Com informações de OLiberal