Vinícius, 100 anos: “Se todos fossem iguais a você”, poetinha!
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Por Andréa Fassina
“Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça”…
O dono da canção imortalizada no mundo faria neste sábado 100 anos e provalmente estaria num bar da orla de Ipanema (provavelmente o bar Veloso, hoje Garota de Ipanema) olhando a mulherada passar.
O poetinha Vinícius de Moraes, carioca da gema, nasceu no Rio de Janeiro, no dia 19 de outubro de 1913.
E os versos sobrevivem.
Certamente, ele diria: “chega de saudade, a realidade é que sem ela não pode ser”…e num samba em prelúdio, traduziria todo o amor cantand o em verso, uma das mais belas canções, direto no coração…
“Eu sem você não tenho porque
porque sem você não sei nem chorar
Sou chama sem luz
jardim sem luar
luar sem amor
amor sem se dar”…
E com toda certeza do mundo ele diria “Eu sei que vou te amar, por toda a minha vida, eu vou te amar”…
Também pudera: tanto amor lhe rendeu 9 casamentos.
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E de bom astral cantaria em verso “é melhor ser alegre do que triste…”
Um conquistador declarado, refinado diplomata, dramaturgo, jornalista e poeta em todas as essas atividades.
E como poeta foi o melhor de todos os românticos:
“Amo-te tanto, meu amor … não cante
O humano coração com mais verdade …
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade.”
Sempre com o cigarro e uísque inseparáveis, compunha e cantava com amigos como Tom Jobim, que lhe deu o codinome poetinha.
E foi com ele que cantou poesia numa linda declaração…
Se todos fosse iguais a você…
Poetinha, nós é que queríamos que muito mais pessoas no mundo fossem iguais a você.
Confira a inteligência de Vinícius nessa entrevista rara, dada ao amigo Otto Lara Resende em 1977.