Um medicamento contra o câncer pode ajudar pacientes com autismo. Cientistas norte-americanos descobriram que o remédio reverte sintomas anti-sociais.
A droga anticancerígena pode fazer os pacientes estabelecerem e manterem amizades e relacionamentos, segundo a pesquisa.
O estudo com ratos, realizado pela Universidade de Buffalo, nos EUA, revelou que baixas doses de Romidepsina, restaura os genes associados às habilidades sociais e de comunicação.
A droga aprovada pela FDA é usada para tratar linfoma.
O estudo sugere que as pessoas com autismo podem ser prescritas para o tratamento contra os sintomas anti-sociais.
“Nós descobrimos um composto de molécula que mostra um efeito profundo e prolongado no autismo – como déficits sociais sem efeitos colaterais óbvios”, disse o Dr. Zhen Yan, professor do departamento de fisiologia e biofísica da Universidade de Buffalo.
A pesquisa
Para o estudo, o Dr. Yan e seus colegas atribuíram aleatoriamente ratos aos grupos de drogas e placebo.
Eles então realizaram experimentos sobre os comportamentos de preferência social dos camundongos.
Aí descobriram que a romidepsina tornava mais sociáveis ratos que eram deficientes em um gene chamado Shank 3, uma característica do autismo.
Os pesquisadores também descobriram que o efeito do tratamento de três dias durou três semanas em camundongos – do período juvenil até o adolescente tardio.
Nos humanos, isso equivale a vários anos, disseram pesquisadores.
Essas descobertas se baseiam na pesquisa anterior do Dr. Yan em 2015, que descobriu que o Shank 3 bloqueia a forma como os neurônios se comunicam reduzindo a função do receptor NMDA (n-metil-D-aspartato) – uma proteína que regula a cognição e a emoção – que resulta em comportamentos anti-sociais.
Com informações do Daily Mail