Alguns vão dizer que é o poder do amor, mas para os cientistas é mais que isso. Eles descobriram que a ocitocina, conhecida como hormônio do amor e da felicidade, pode tratar e em alguns casos, reverter o Alzheimer em ratos.
Partindo dessa descoberta, os pesquisadores esperam agora avançar em pesquisas encontrar a cura da doença.
O estudo sobre a ocitocina foi feito pela Universidade de Ciência de Tóquio e publicado no último dia 20, no Biochemical and Biophysical Research Communication.
Ele revelou, pela primeira vez, que o hormônio do amor pode ter benefícios terapêuticos para distúrbios cognitivos, incluindo demência.
A pesquisa
Liberada pela glândula pituitária, a ocitocina, além de melhorar o humor, também pode aumentar o aprendizado e a memória, descobriram os cientistas.
O estudo sugere que os sinais no cérebro que ficam bloqueados, levando à demência, podem ser desbloqueados com o hormônio do amor.
Quando a ocitocina foi adicionada ao cérebro dos ratos, os cientistas descobriram que as habilidades de sinalização deles aumentaram. Isso, acordo com os cientistas, sugere que a ocitocina pode reverter o comprometimento da plasticidade sináptica causada pela proteína beta amilóide.
Os cientistas também “bloquearam” artificialmente os receptores de ocitocina nas amostras cerebrais de ratos para mostrar que o hormônio precisa que esses receptores ainda sejam eficazes para aumentar as sinapses.
Eles descobriram que a oxitocina em si não afeta a plasticidade sináptica do hipocampo, mas é capaz de reverter os efeitos negativos da beta amilóide.
Primeira vez
O professor Akiyoshi Saitoh, que liderou uma equipe de cientistas do Japão na Universidade de Ciência de Tóquio, diz: “Este é o primeiro estudo no mundo que mostrou que a ocitocina pode reverter as deficiências induzidas por Aβ no hipocampo de ratos”.
“Recentemente, descobriu-se que a ocitocina está envolvida na regulação do desempenho da aprendizagem e da memória, mas até agora, nenhum estudo anterior lida com o efeito da ocitocina no comprometimento cognitivo induzido por Aβ”.
Remédio
Este é apenas um primeiro passo e mais pesquisas precisam ser realizadas em animais vivos e, em seguida, em seres humanos antes que se possa reunir conhecimento suficiente para usar a ocitocina como um medicamento para a doença de Alzheimer, disse a equipe.
Saitoh, porém, continua esperançoso de que seu novo estudo possa ser o começo de um avanço no tratamento da doença de Alzheimer.
“Nosso estudo apresenta a possibilidade interessante de que a ocitocina possa ser uma nova modalidade terapêutica para o tratamento da perda de memória associada a distúrbios cognitivos, como a doença de Alzheimer.
“Esperamos que nossas descobertas abram um novo caminho para a criação de novos medicamentos para o tratamento da demência causada pela doença de Alzheimer”.
Com informações do GNN