Pela primeira vez a revista Vogue Brasil traz uma modelo plus size e preta na capa: Rita Carreira, uma paulistana de 27 anos defensora do discurso do “Corpo Livre”.
E veja o poder das palavras! Há 10 anos, quando decidiu largar o emprego de vendedora para seguir na carreira da moda ela disse esta frase: “Um dia vocês ainda vão me ver no São Paulo Fashion Week e na capa da Vogue”. E aconteceu!
Em 2017 ela estreou nas passarelas da SPFW pela LAB Fantasma e agora brilha na capa da Vogue Brasil.
“Ouvir isso hoje pode parecer brincadeira para você, mas sempre fui determinada a ponto de querer ser referência, ser a primeira, mas não a única. A minha maior responsabilidade é abrir espaço”, disse à Vogue.
Rita se emocionou muito quando viu a capa da revista e postou um vídeo no Instagram dizendo: “Representatividade importa e muito!” (vídeo abaixo)
Padrão de beleza
Rita Carreira falou da relação do corpo com a felicidade.
“Nunca precisei de terapia para me aceitar, porque em casa não me deixaram cair na ilusão de que a felicidade só estava no padrão”, afirmou.
Hoje, Rita coleciona vitórias como ter sido reconhecida pelo Instagram, no ano passado, como uma das brasileiras que melhor fala sobre bodypositive nas redes sociais.
“Ser gorda nunca vai ser mais difícil do que ser negra, mas faço questão de levar adiante discussões sobre gordofobia. Ninguém pensa como isso se desdobra na saúde, por exemplo, enquanto pessoas obesas não têm acesso a equipamentos hospitalares que suportem os seus pesos”, explica.
E o principal. Ela afirmou que se ama do jeito que é:
“Não me coloco em nenhuma situação que possa impor qualquer mudança no meu corpo. Me amo assim, mas percebo que as pessoas veem o plus-size como um problema ao tentar invisibilizar o fato de eu ser gorda dizendo ‘mas você nem é tão gorda assim’. Sou e está tudo bem ser”, concluiu.
Veja como ela se emocionou quando pegou a revista na banca, na semana passada:
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Com informações da Vogue