‘O Agente Secreto’, novo filme com Wagner Moura, vai competir em Cannes

Mais uma vez o cinema brasileiro vai brilhar no exterior: ‘O Agente Secreto’, novo filme de Kleber Mendonça Filho com Wagner Moura, foi selecionado para competir pela Palma de Ouro no prestigiado Festival de Cannes.
A produção já tem data para a estreia mundial na competição, entre os dias 13 e 24 de maio, na França. O longa é um thriller político ambientado em 1977, durante a ditadura militar. Todo o enredo gira em torno de Marcelo, personagem interpretado por Wagner Moura. O homem tenta deixar o passado para trás e vai em direção a terra natal dele.
Lá, descobre que a cidade esconde mais perigos do que imaginava. Com uma atmosfera de suspense e grandes nomes do elenco, ‘O Agente Secreto’ é promessa de sucesso no circuito de cinema internacional e por aqui também.
Palma de Ouro
Agora, 20 anos após a primeira ida ao festival, Kleber volta ao palco principal com uma produção repleta de política, suspense e muita memória.
“[Exibir o longa em Cannes] É a combinação perfeita: encerra a realização do filme e inaugura a sua trajetória. Estou feliz com ‘O Agente Secreto’, honrado com o convite e quero que as pessoas vejam o filme no exterior e no Brasil. É uma história muito brasileira e, por isso mesmo, é um filme do mundo todo”, disse Kleber em material enviado à imprensa e reproduzido pelo Jornal de Brasília.
Velho conhecido no Festival, o diretor e jornalista brasileiro já disputou a Palma de Ouro com Aquarius (2016) e Bacurau (2019).
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‘O Agente Secreto’
Pelo segundo ano consecutivo o Brasil vai competir pelo prêmio principal do festival. Em 2024, Motel Destino, de Karim Aïnouz, foi o representante do país.
A edição de 2025 vai ser mais especial ainda, para além da indicação de Kleber. O Brasil vai ser homenageado no Mercado de Filmes, um evento que ocorre de maneira paralela ao Cannes.
Desejo antigo
Em entrevista ao Omelete, Kleber explicou que o filme abriu possibilidade para revisitar um desejo antigo.
“Esse filme é resultado de um desejo grande de continuar filmando o Brasil e o Recife, desta vez no contexto histórico do mundo de 50 anos atrás, de um Brasil do passado. Eu também tinha vontade de fazer um filme de mistério e de suspense, em que o Recife fosse o cenário principal. Eu era criança nos anos 1970, mas me lembro com alguma clareza do ano de 1977, quando eu tinha nove anos. Creio que ‘77 foi o primeiro ano que me marcou ainda como criança. Naquela época, o Brasil era muito diferente, mas, de certa forma, também muito parecido com o de hoje
Coprodução internacional
Com filmagens realizadas no Recife, Brasília e São Paulo, o longa é uma coprodução entre Brasil, França, Alemanha e Holanda.
A montagem ficou por conta de Eduardo Serrano e Matheus Farias, já a pós-produção foi feita em Berlim e Paris.
Já tô com a roupa de ir!
