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Vacina nasal da USP contra Covid poderá ser testada em humanos este ano
27 de janeiro de 2021
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Spray nasal comum - Foto/ilustração /Agência Brasil
Spray nasal comum - Foto/ilustração /Agência Brasil

A vacina nasal contra a Covid-19, que está sendo desenvolvida por cientistas da USP desde abril, poderá ser testada em humanos ainda este ano.

Ela está sendo desenvolvida no Instituto do Coração do Hospital das Clinicas, em São Paulo,  por 40 profissionais de saúde e poderá ser a primeira 100% brasileira.

O imunizante funciona da mesma forma que um spray de rinite alérgica e está fase de testes com animais, sem causar problemas severos em camundongos até agora.

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O próximo passo será a prova de toxicologia, para investigar se os componentes causam efeitos adversos, ou alergias graves. É nessa fase que é comprovada a eficácia da vacina.

Se os resultados forem satisfatórios, os cientistas poderão iniciar os testes em humanos ainda este ano.

Por que pelo nariz?

Ela vem sendo desenvolvida no Laboratório de Imunologia do Instituto do Coração (Incor), da Faculdade de Medicina da USP, sob coordenação do médico Jorge Elias Kalil.

“A ideia é que, pela instilação nasal, consigamos fortalecer o sistema imunológico onde o vírus mais ataca, que são as vias respiratórias”, disse o médico à DW.

Kalil afirmou que desde março a equipe pensa em um método diferente do convencional.

“Sabíamos que as abordagens mais óbvias seriam feitas rapidamente por empresas muito ricas e nós não teríamos como competir. Então optamos por trabalhar em uma vacina com alvos mais precisos”, diz.

“Usamos sistemas de bioinformática e nanopartículas com composições distintas que se ajudam”, revelou.

O médico explica que elas são resistentes e, como vetores do antígeno, podem induzir uma resposta local.

Para produzir a vacina nasal em larga escala, a Universidade de São Paulo espera fechar parceria com uma farmacêutica brasileira.

20 imunizantes brasileiros

Um levantamento feita Deutsche Welle mostra que há mais de 20 imunizantes brasileiros em estudo, parte deles com financiamento do governo federal.

Nenhum deverá estar disponível ainda em 2021, mas poderão ajudar o país a combater o coronavírus no futuro.

Com informações da DW e JB

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