Gustavo e Paloma, de 18 e 19 anos, viviam com uma doença rara no coração, chamada Doença de Danon.
Eles estavam na fila para transplante desde o ano passado, quando descobriram a doença. E parece que as boas vibrações estão mesmo do lado dos jovens.
Com apenas 48 horas de diferença, Gustavo e Paloma encontraram doadores compatíveis e já fizeram a cirurgia em Botucatu, no interior de São Paulo!
Complicações genéticas
A Doença de Danon é genética. Segundo o coordenador clínico do programa de transplante cardíaco do HC da Unesp, Marcello Felício, ela é passada pelo lado materno.
“Essa doença acomete o coração, causando uma hipertrofia do músculo cardíaco. O músculo fica mais espessado e, em alguns casos, o coração pode também dilatar. Está associado a arritmias graves e muitos pacientes apresentam também morte súbita”, explica Felício.
A mãe dos jovens, Noeli Rodrigues de Souza, já precisou passar pelo transplante do órgão. Ela também perdeu um filho de 15 anos com a mesma doença no ano passado.
Noeli considera um milagre a chance de transplante de Gustavo e Paloma.
Cirurgia
Gustavo foi o primeiro a ser notificado sobre um doador compatível. O coração foi transportado do Paraná pela Força Aérea Brasileira na sexta-feira, 9. Já para Paloma, a notícia veio no domingo, dia 11.
Noeli diz que não conseguiu segurar a emoção quando soube dos transplantes.
“Como eu passei por um óbito dentro de casa, eu tinha muito medo de ver mais dois, então esse milagre que aconteceu dentro desses sete dias foi tremendo para mim. Até a medicina ficou abismada com o que aconteceu. No meio de uma pandemia aparecerem dois corações assim para os dois irmãos, […] foi muito lindo, não canso de agradecer”, disse a mãe.
Gustavo e Paloma estão bem e se recuperam no Hospital das Clínicas em Botucatu.
Por Monique de Carvalho, da redação do Só Notícia Boa. – Com informações de Acontece Botucatu