País é o 1º a testar remédio de anticorpos da Covid-19
A Coreia do Sul desenvolveu um medicamento contra Covid-19 que tem potencial para reduzir a carga viral do novo coronavírus e se tornou nesta sexta,17, o primeiro país do mundo a aprovar testes em humanos de um remédio com base em anticorpos contra a doença.
Após testes promissores feitos em animais, que demonstraram melhor tempo de recuperação em estudos pré-clinicos, a medicação vai entrar na fase 1 de testes em humanos.
O remédio feito pela biofarmacêutica sul-coreana Celltrion Healthcare, será aplicado incialmente em testes em 32 voluntários saudáveis.
A empresa afirmou que em seguida, os testes começarão em países da Europa, como o Reino Unido, enquanto os testes de fase 2 e 3 acontecerão de forma global em pacientes com sintomas leves e moderados da doença.
Anticorpos de recuperados
O tratamento foi desenvolvido com base nos anticorpos encontrados nos primeiros pacientes que se recuperaram da covid-19 no país em fevereiro.
A estimativa da Celltrion é que os testes estarão concluídos até o final deste ano e que a droga ficará pronta para a comercialização no começo de 2021.
“Os testes humanos serão conduzidos globalmente, então vamos exportar a medicação, com certeza, mas só daremos para pacientes no exterior depois de assegurar um estoque para a Coreia do Sul”, disse em entrevista à agência de notícias Reuters, o CEO da empresa, Kee Woo-sung.
As fases
Para uma vacina ou medicação ser aprovada e distribuída, ela precisa passar por três fases de testes.
A fase 1 é a inicial, quando as empresas tentam comprovar a segurança de seus medicamentos em seres humanos; a segunda é a fase que tenta estabelecer que a vacina ou o remédio produz, sim, imunidade contra um vírus; já a fase 3 é a última fase do estudo e tenta demonstrar a eficácia da droga.
Para que uma medicação seja finalmente disponibilizada à população, é necessário que essa fase seja finalizada e que a proteção receba um registro sanitário.
Por fim, na fase 4, a vacina ou o remédio é disponibilizado para a população.
Com informações da Exame