As luvas do cantor Michael Jackson, apreendidas numa coleção particular do vice-presidente da Guiné Equatorial, na África Central, vão ajudar a pagar doses da vacina contra covid-19 para a população.
A decisão foi divulgada esta semana pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos.
A luvas cravejadas de joias de Michael são avaliadas em US$ 275.000 (R$ 1,4 milhão). Elas estavam em poder do vice-presidente do país, Teodorin Nguema Obiang Mangue.
O vice-presidente do país da África Central é acusado de ter adquirido as luvas e outros bens de forma ilícita. O político africano contesta todas as acusações.
As apreensões
Também foram apreendidos e confiscados veículos de luxo, uma mansão em Malibu, joias e outros bens, totalizando US$ 27 milhões (cerca de R$ 143 milhões).
A venda de tudo isso faz parte de um acordo de confisco firmado entre Obiang Mangue e os EUA.
Obiang Mangue também foi obrigado a devolver US$ 1 milhão (cerca de R$ 5,3 milhões), que representa o valor de uma outra propriedade nos EUA.
O valor de alguns rendimentos de aplicação, equivalente a US$ 10,3 milhões (cerca de R$ 55,5 milhões) ficarão nos Estados Unidos.
Uso do dinheiro para vacinas
Os bens do vice-presidente serão vendidos e parte do valor arrecadado será destinado à compra e distribuição de doses de vacina contra a Covid-19 na Guiné Equatorial.
O restante será destinado à compra e distribuição de remédios e suprimentos médicos para o país da África Central.
A Guiné Equatorial é uma das nações mais pobres do mundo. Tem 1,4 milhão de habitantes.
76% da população vive na pobreza, com uma renda de apenas US$ 1,90 (cerca de R$ 10) por dia, de acordo com o Banco Mundial.
Com informações do NME