Notícia boa para pessoas com deficiência visual. Chegou ao Brasil a tecnologia dos óculos ‘falantes’, para estudantes cegos.
O dispositivo chamado ‘Orcam MyEye’ é capaz de ler textos de livros e transformá-los em áudio, ou seja, falar o que está escrito. E mais: ele faz tudo isso sem precisar estar conectado à internet.
O dispositivo foi criado em Israel, pesa apenas 22 gramas, é do tamanho de um dedo. Tão simples e pequeno, que pode ser conectado a qualquer tipo de armação de óculos.
Como funciona
A inteligência artificial Orcam MyEye foi criada em 2015 em Israel. E ela faz tudo de forma muito prática. Basta apontar o dedo onde quer que a leitura seja feita para que o dispositivo comece a falar o que está escrito.
O sensor óptico captura a imagem e através da inteligência artificial converte as informações instantaneamente em áudio por meio de um pequeno alto-falante localizado acima do ouvido.
A estudante Kayenne Alves, de 16 anos, moradora de Cuiabá, no Mato Grosso, tem deficiência visual. Ela usou o Orcam MyEye e adorou:
“Para mim, ter uma tecnologia que permite ler diferentes livros por transformar as palavras em áudio me trouxe mais confiança, segurança e independência”, afirmou
Kayenne tem deficiência visual desde que nasceu. Ela é aluna do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) e recebeu os óculos da própria instituição.
Além da Kayenne, outros estudantes cegos ou com baixa visão receberam esse tipo de tecnologia em escolas estaduais, municipais e universidades privadas ou públicas entre o ano passado e este ano, como nos estados de Minas Gerais, Goiás, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Amazonas.
No Brasil
No Brasil, o dispositivo chegou em abril pela empresa Mais Autonomia, que é do ramo de tecnologia assistiva.
Segundo o diretor Doron Sadka, ele conheceu os óculos especiais quando viajou para Israel e decidiu importá-lo com o sistema adaptado em três idiomas: português, inglês e espanhol.
Mas por ser importada e de alto custo — cerca de R$ 14 mil cada —, a tecnologia ainda não é acessível para todos com deficiência visual no Brasil.
Com informações de Pais & Filhos