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Brasil registra maior exportação da história e quer aumentar emprego e renda
10 de julho de 2023
- Renata Dias
O Brasil registrou a maior exportação da história e com o registro na balança comercial, o governo espera gerar mais emprego e renda- Foto: Valter Campanato
O Brasil registrou a maior exportação da história e com o registro na balança comercial, o governo espera gerar mais emprego e renda- Foto: Valter Campanato

O Brasil teve a maior exportação da história, para o primeiro semestre do ano, com US$ 166,2 bilhões. A balança comercial – diferença entre exportações e importações – fechou junho com superávit de US$ 10,592 bilhões, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

Agora a expectativa é de que esses números também façam aumentar a geração de emprego e renda com desenvolvimento sustentável aqui no país.

Com o resultado de junho, a balança comercial encerrou o primeiro semestre com superávit acumulado de US$ 45,514 bilhões, resultado recorde para o período desde o início da série histórica, em 1989.

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Governo comemora

O resultado é o melhor para meses de junho e representa alta de 19,1% em relação ao mesmo mês do ano passado, pelo critério da média diária.

Entusiasmado, o vice-presidente e ministro  Geraldo Alckmin anunciou em vídeo que o Brasil registra a maior exportação da história para 1º semestre do ano

Postado pelo ministro-chefe da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta, o video do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, diz que o governo quer com este saldo positivo incentivar a geração de emprego e renda no país.

Também, segundo Alckmin, a meta é incrementar a balança comercial preservando o meio ambiente e estimulando ações sustentáveis. (assista abaixo)

Outros resultados

Em maio, o Brasil vendeu US$ 30,094 bilhões para o exterior, queda de 8,1% em relação ao mesmo mês de 2022 pelo critério da média diária.

As compras do exterior somaram US$ 19,502 bilhões, recuo de 18,2% pelo mesmo critério.

Do lado das exportações, a queda das commodities (bens primários com cotação internacional) foi a principal responsável pela retração.

Após baterem recorde no primeiro semestre do ano passado, após o início da guerra entre Rússia e Ucrânia, as commodities recuaram nos últimos meses, provocando a retração nas vendas externas. A safra recorde de soja contribuiu para segurar a queda nas exportações.

No mês passado, o volume de mercadorias exportadas subiu apenas 6,7%, enquanto os preços caíram 15,2% em média na comparação com o mesmo mês do ano passado. Nas importações, a quantidade comprada caiu 3,3%, mas os preços médios recuaram 17,7%.

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Os que mais contribuem

O destaque positivo foi a soja, cujas exportações subiram 10,1% de junho do ano passado a junho deste ano por causa da safra recorde, mesmo o preço médio tendo caído 20,7%.

De acordo com o MDIC, a safra recorde de grãos foi a que mais pesou nas exportações. O volume de mercadorias embarcadas subiu 30,4% em junho na comparação com o mesmo mês de 2022, enquanto o preço médio caiu 18,2%.

Na indústria de transformação, a quantidade caiu 5,7%, com o preço médio recuando 7,1%.

Na indústria extrativa, que engloba a exportação de minérios e de petróleo, a quantidade exportada subiu 12%, enquanto os preços médios caíram 28,3%.

Os produtos com maior destaque nas exportações agropecuárias foram milho não moído (-13,5%), café não torrado (-26,2%) e algodão bruto (-28,3%).

Impactos da guerra

Em relação aos fertilizantes, cujas compras do exterior ainda são impactadas pela guerra entre Rússia e Ucrânia, a queda deve-se principalmente à diminuição de 55,2% nos preços.

A quantidade importada caiu 24,3% em maio na comparação com junho do ano passado.

Apesar da desvalorização das commodities, o governo revisou levemente para cima a projeção de superávit comercial. Para 2023, o governo prevê saldo positivo de US$ 84,7 bilhões.

Segundo o MDIC, as exportações diminuirão 1,4% em 2023 e encerrarão o ano em US$ 330 bilhões. As estimativas são atualizadas a cada três meses. As importações recuarão 10% e fecharão o ano em US$ 245,2 bilhões.

As previsões estão muito mais otimistas que as do mercado financeiro.

Com informações da Agência Brasil

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