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Conheça Mani, o cão adotado que ajuda a desvendar crimes na polícia de SP

Vitor Guerras
08 / 09 / 2023 às 06 : 58
Mani é um cão adotado, treinado e muito comprometido com o trabalho. Já participou de 30 ocorrências de crime com a polícia de SP. - Foto: Divulgação
Mani é um cão adotado, treinado e muito comprometido com o trabalho. Já participou de 30 ocorrências de crime com a polícia de SP. - Foto: Divulgação

Não se engane com Mani, apesar de dócil e não recusar um carinho, o cão adotado é muito durão e ajuda a combater crimes junto com a Polícia Científica de São Paulo. O dog foi treinado para detectar sangue humano e já resolveu dois homicídios que tinham dificuldades em encontrar provas.

Mani foi encontrado durante um trabalho de campo em 2019 e adotado pelo perito criminal João Henrique de Oliveira Machado, de São José dos Campos (SP).

“Estávamos fazendo perícia em um local de crime quando vi ele ali, órfão. A gente já tinha a ideia incubada de montar o projeto [de cães peritos], nosso adotei ele e iniciei o protocolo”, lembrou o tutor. A iniciativa deu certo e Mani já ajudou a elucidar cenas de crimes.

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Potencial oculto

O nome de batismo vem da abreviação da palavra manioca, que é mandioca em Tupi-Guarani.

“A ideia do projeto era essa: mandioca fica escondida e é um alimento que se revela. No projeto, a ideia era revelar um vestígio que estava oculto”, explicou João.

Em parceria com a Universidade Federal de São Paulo (USP), o bichinho passou por um rígido treinamento com protocolos estabelecidos inicialmente. Não foi nada fácil, mas os resultados foram incríveis!

“Para fazer com que o Mani conseguisse encontrar amostrar num limite de detecção inferior aos nossos reagentes e garantir que ele marque sangue exclusivamente humano foi necessário fazer um aperfeiçoamento muito grande ao longo do tempo”, disse o perito.

Rotina

Mani, o cão que ajuda a desvendar crimes com a Polícia Científica de São Paulo, é sempre acionado quando há uma ocorrência de grande repercussão ou quando há dificuldade para o trabalho de perícia em campo.

Entre as ações de Mani estão a detecção de manchas de sangue em locais amplos e objetos pessoais, como roupas lavadas e outros. Ele faz tudo isso por meio do faro!

Ao detectar qualquer sinal que em determinado espaço pode haver moléculas de sangue, Mani indica João.

“O cão não dá a palavra final, ele ajuda no trabalho, identifica embora nos estudos ele marque sangue humano, o martelo é batido através de um composto de exames que o perito precisa fazer”, explicou João.

Assim, com a ajuda do bichinho, a equipe ganha muito tempo e amplia técnicas para confirmar outros indícios de crimes.

Carreira de sucesso

Desde quando entrou para o time dos peritos, Mani já atuou em mais de 30 ocorrências que geraram laudos técnicos e precisos.

Em todas, a participação dele ajudou para o levantamento de vestígios. E ele é bom mesmo, até hoje não houve nenhuma marcação errônea ou de falso-positivo nos locais em que atuou.

Uma das mais especiais foi a cena de um crime em Caraguatatuba, São Paulo.

O cão perito foi acionada para desvendar um homicídio de um homem encontrado dentro de um veículo.

Quando os policiais conseguiram identificar o último imóvel que a vítima tinha passado, o local estava limpo e não havia nenhum sinal sequer de crime. E agora?

Resolveu em 7 minutos

Agora deixa com Mani que ele resolve! Em sete minutos, o doguinho conseguiu marcar as áreas com resíduos de sangue humano.

“A casa era grande e tinha sido totalmente limpa. Não seria possível usar luminol por todos os cômodos. O cão apontou locais que dificilmente iríamos desconfiar”, explicou o policial.

Identificando o vestígio em dois lugares, na máquina de lavar roupa e em uma escova, as amostras deram positivo para o DNA da vítima e a polícia conseguiu encerrar o caso pedindo a prisão do autor.

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Vantagens

Além de elucidar os crimes, Mani faz isso com um diferencial muito importante: a rapidez!

Reagentes químicos usados pelos agentes podem demorar de quatro a cinco horas.

“A perícia, quando é feita no modo tradicional de dependo do local a ser investigado, demora e é onerosa pela quantidade de substâncias químicas que temos que usar. O cão consegue direcionar o uso do reagente químico que custa muito caro para a gente”, disse.

Para Claudinei Salomão, superintendente da Polícia Técnico-Científica, a agilidade da perícia e a economia de custo com os produtos reagentes super compensam.

Além de claro, ter a companhia de trabalho de Mani. Eu quero!

Com o projeto pioneiro dando super certo em São Paulo, o governo do estado quer aperfeiçoar ainda mais a iniciativa.

O uso de novos cachorrinhos farejadores de sangue pelo país pode ser uma realidade muito em breve.

Imagina vários Manis por aí?

Mani já resolveu dois homicídios que os peritos estavam com dificuldade em encontrar provas. Foto: Reprodução/Life.
Mani já resolveu dois homicídios que os peritos estavam com dificuldade em encontrar provas. Foto: Reprodução/Life.

Com informações do Governo de São Paulo.

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