Quanto amor! Voluntárias brasileiras estão fazendo polvinhos de crochê para ajudar na recuperação mais rápida de bebês prematuros em Arapiraca, Alagoas.
Elas fazem os bichinhos e mandam para o Hospital Regional. Cada bebê recebe um polvinho diferente e eles levam para casa depois da alta hospitalar.
A inspiração veio da Dinamarca, que faz isso desde 2013 e elas decidiram replicar na cidade, da mesma forma que fizeram voluntárias Hospital Regional de Ponta Grossa, no Paraná, em 2017.
Nas Alagoas, os brinquedos de crochê têm apoio da equipe do Hospital e são considerados de grande importância para o tratamento de bebês nascidos antes do tempo fisiológico natural, ou seja, que nascem antes das 37 semanas de gestação.
As doações
Os polvinhos são doados pelas “crocheteirasecia”, um grupo de crocheteiras locais que se unem para a produção e que fazem questão de divulgar a iniciativa em suas redes sociais (@crocheteirasecia).
Elas entregam mensalmente ao hospital vários polvinhos de crochê porque cada bebê tem o seu próprio “amiguinho”, que o acompanha até a ida para casa.
O trabalho é feito desde 2017 para os recém-nascidos internados no Hospital Regional Nossa Senhora do Bom Conselho.
A ideia foi da enfermeira e doula Lusandra Maria Gomes Almeida, inspirada pelo projeto da Dinamarca.
Foi ela quem convocou as amigas crocheteiras para fazerem algo parecido.
Lusandra contou que já foram doados quase 1.600 polvinhos em quatro anos.
Os benefícios do brinquedo
A fisioterapeuta Natascha Cibele Barbosa, da UTI neonatal do hospital explicou que os
tentáculos dos polvinhos simulam para o bebê o cordão umbilical.
E mais: e a textura do crochê lembra para eles a parede uterina, por isso os polvinhos fazem com que os prematuros se sintam mais acolhidos e calmos.
O brinquedo também ajuda na frequência cardíaca e respiratória, acelera o processo de maturação da criança e na saída mais rápida dela do suporte de oxigênio.
Veja outras fotos no Instagram delas:
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